Capitalismo

O capitalismo é o sistema socioeconômico que substituiu o feudalismo e continua presente até os dias de hoje, apesar de críticas e propostas para substitui-lo. O capital e os meios de produção são os elementos fundamentais do capitalismo.

O colapso do sistema feudal aconteceu com o início da Idade Moderna, em meados do século XV. O desenvolvimento de novas técnicas agrícolas, a urbanização e organização social das cidades e a formação de monarquias nacionais fizeram com que fosse necessário um novo sistema socioeconômico para regular a sociedade.

Do renascimento do comércio no final do feudalismo surgiu uma nova classe social: a burguesia. No capitalismo, os burgueses são os proprietários dos meios de produção, ou seja, de todos os objetos envolvidos no processo de produção, como ferramentas e máquinas.

Fases do capitalismo:

  • Capitalismo mercantil ou naval: Também chamado de Mercantilismo, é a primeira fase do capitalismo e diz respeito à época das Grandes Navegações, entre os séculos XV e XVIII. As bases do mercantilismo eram a venda de produtos – como especiarias e metais preciosos – obtidos nas missões de navegação e a exploração da colônia por conta da metrópole.
  • Capitalismo industrial: A partir da Revolução Industrial, que começou na Inglaterra no século XVIII. Boa parte da mão de obra humana foi substituída pela máquina – primeiro movida a vapor, depois pela eletricidade.

Se o capitalismo mercantil esteve limitado a alguns países europeus, o industrial também se manifestou nos Estados Unidos e Japão. Com a maioria das colônias da primeira fase do capitalismo já independentes, os países europeus industrializados foram dominar e explorar novas colônias na África e na Ásia.

  • Capitalismo financeiro: Também chamada de capitalismo monopolista-financeiro, esta fase ganha força com o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, embora já tivesse começado no início de 1900.

A partir de então, o mercado fica centrado na especulação que acontece na bolsa de valores. Os bancos ganham mais poder econômico e político e as grandes empresas começam a atuar em diversos países.

Alguns autores consideram que já estamos vivendo a quarta fase, o capitalismo informacional, mas a maioria dos estudiosos acredita que ainda nos encontramos no capitalismo monopolista-financeiro.

Veja mais: Fases do capitalismo

Características do capitalismo:

  • Utilização de moeda: Praticamente não havia moeda circulando no feudalismo. Por isso, o ressurgimento da moeda e a utilização dela para fazer compras e vendas, e não mais troca de produtos, foi importantíssima para o novo sistema. Além disso, a moeda é o principal meio de se medir a riqueza dos capitalistas.
  • Predominância da propriedade privada: Falamos aqui da posse dos meios de produção, que são exclusivos do capitalista. O trabalhador ou proletário tem acesso para trabalhar com os meios de produção, mas não é dono deles.
  • Trabalho assalariado: Substituindo o trabalho escravo e a servidão, o trabalhador agora trabalhava em troca de moedas – de um salário.
  • Economia de mercado: Pouca ou nenhuma intervenção do Estado na economia. A economia é, assim, regulada por forças de dentro dela mesma, como a livre concorrência e a oferta e a procura.
  • Sistema bancário: Os primeiros banqueiros surgem com o fim da Idade Média, e só ganham poder com a expansão do capitalismo. Os bancos ganham mais protagonismo na terceira fase do capitalismo, quando se organizam à maneira das indústrias.
  • Desigualdades sociais: Já gritantes na relação entre metrópole e colônia, as desigualdades se acentuaram com o capitalismo industrial, quando a qualidade de vida dos trabalhadores assalariados caiu muito, o salário não aumentou e os lucros dos capitalistas cresceram exponencialmente.
  • Busca de lucros

Críticas ao capitalismo

Durante a segunda fase, ou seja, o capitalismo industrial, diversos economistas e teóricos começaram a criticar o capitalismo e propor alternativas a eles. Enquanto eles teorizavam, os trabalhadores assalariados agiam, por exemplo, quebrando as máquinas que “lhe roubavam o emprego” ou fazendo greve.

Hoje, as críticas ao capitalismo incluem a produção sustentável e a apropriação de práticas culturais e de causas – sem necessariamente considerá-las válidas ou apoiá-las – para vender produtos e gerar lucro.

Letícia Magalhães Pereira
Graduada em História
Pós-graduada em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais

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