11,4 milhões de brasileiros são analfabetos, segundo o IBGE
Em contrapartida, o último Censo, feito em 2022, mostra que 93% da população são plenamente alfabetizados.
Conforme informações colhidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no seu último censo, realizado em 2022, o Brasil tem cerca de 11,4 milhões de analfabetos, o que representa algo próximo de 7% da população.
Por outro lado, uma parcela de 93% da população com idade acima de 15 anos é alfabetizada. Ou seja, 151,5 milhões de cidadãos brasileiros sabem ler e escrever.
Esse levantamento destaca ainda que a maioria dos analfabetos (39,4%) é composta por idosos acima de 65 anos.
Segundo especialistas do IBGE, esse dado demonstra a falha das políticas educacionais aplicadas décadas atrás, quando esse público estava na faixa etária correspondente ao ensino básico.
Ademais, o censo também confirmou que as mulheres são um ponto percentual mais alfabetizadas do que os homens (93,5% contra 92,5%).
É válido lembrar que já faz praticamente dois anos desde que esse censo foi realizado. Assim, não é absurdo conjecturar que alguma mudança nesse cenário já tenha acontecido.
Como reverter o analfabetismo no Brasil?
Idealmente, a alfabetização deve ocorrer na infância – Imagem: reprodução
Ao observar as informações levantadas por esse censo do IBGE, podemos encontrar dados ainda mais alarmantes sobre os percentuais de alfabetização do país.
Como exemplo, as populações de pretos, pardos e indígenas são percentualmente menos alfabetizadas que a de brancos. Os percentuais de analfabetos em 2022 eram de 10,1%, 8,8%, 16,1% e 4,3%, respectivamente.
Quanto às regiões brasileiras, o Nordeste segue como aquela que tem o menor índice de alfabetizados, com 85,8%. Enquanto isso, a região Sul tem 96,6% de sua população alfabetizada.
Essas disparidades refletem os índices de investimento voláteis em educação nas diferentes regiões e estados, que seguem sendo desiguais.
Além disso, ao que parece, esses recursos se traduzem em iniciativas que não são equitativas no que diz respeito às diferentes etnias que compõem o povo brasileiro.
Por tudo isso e muito mais, é sempre válido reforçar que o Brasil necessita de políticas educacionais mais abrangentes, que tragam a atenção necessária ao sistema educacional do país como um todo, mas, em especial, para a educação básica, onde as pessoas são alfabetizadas.
Aumentar a destinação de recursos públicos é vital, mas estabelecer parâmetros de distribuição eficiente entre as regiões e estados também é fundamental.
De toda forma, é justo pontuar que, apesar de evoluir a passos lentos, os níveis de alfabetização do Brasil vêm crescendo. Para se ter uma ideia, em 1940, apenas 44% dos brasileiros eram alfabetizados.
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