38 mil pessoas opinam em consulta pública on-line sobre reestruturação da educação
Por meio de consulta pública on-line, o Ministério da Educação está pedindo opinião da população sobre mudanças no Ensino Médio.
O Ministério da Educação divulgou, nesta quarta-feira (21), que mais de 38 mil pessoas já participaram da consulta pública on-line sobre a reestruturação do ensino médio. A pesquisa quer saber qual é a opinião de alunos do ensino médio, professores e gestores das instituições de todo o país.
A reforma do Ensino Médio foi iniciada em 2017 e, desde então, vem sofrendo diversas críticas da comunidade escolar e da população em geral. Por conta disso, o MEC decidiu abrir um diálogo sobre o tema por meio da consulta pública. A medida foi publicada na Portaria nº 399, de março de 2023.
Objetivos da Consulta Pública do Ensino Médio
O principal objetivo da pesquisa é compreender os pontos de vista da comunidade escolar sobre a política educacional adotada na reforma curricular. Além disso, segundo o MEC, espera-se obter ideias que correspondam às necessidades e expectativas das escolas brasileiras.
Para responder a consulta pública, basta ter acesso à internet e ao WhatsApp. A pesquisa é realizada no aplicativo de mensagens por meio de um sistema automático e interativo. Em média, os participantes demoram sete minutos para finalizar a pesquisa.
De acordo com o MEC, com a “ferramenta interativa, os participantes poderão responder às questões da consulta por meio de seus celulares ou computadores, através de um código QR ou o link disponibilizado pelas próprias escolas”.
A participação de todos que se enquadram no perfil da pesquisa é muito importante e estará disponível até o dia 6 de julho.
Entenda as críticas ao Novo Ensino Médio
O Ministério da Educação precisou consultar a opinião da população brasileira após receber questionamentos sobre o Novo Ensino Médio.
No novo modelo proposto, os alunos terão uma carga horária maior e as aulas serão divididas em itinerários formativos que podem ser aprofundados em uma área de conhecimento. Uma das críticas está na questão de que cada instituição tem autonomia para decidir os itinerários. No entanto, muitas escolas não têm a infraestrutura necessária para oferecer as disciplinas.
Além disso, o aumento da carga horária impossibilita que os alunos mais pobres possam trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Por último, a população está preocupada com o fato de que as disciplinas tradicionais têm menos tempo de aula, o que afetaria o aprendizado dos estudantes.
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