5 profissões mais propensas ao burnout, segundo pesquisa do LinkedIn
As características essenciais e ambientais dessas ocupações tornam seus profissionais mais suscetíveis ao esgotamento emocional.
A crescente pressão por produtividade, a aceleração tecnológica ou a demanda por resiliência diante de mudanças rápidas e imprevisíveis, combinadas a rotinas exaustivas e alta competitividade, criam um cenário propício ao esgotamento emocional e mental.
Devido a esse panorama, organismos internacionais que lidam com saúde pública, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), têm dado mais atenção aos impactos do estresse no trabalho, destacando o burnout como um dos mais graves.
O burnout é caracterizado por um estado de exaustão física e emocional decorrente de estresse crônico no ambiente de trabalho.
Seus sintomas incluem cansaço extremo, falta de motivação, sentimentos de fracasso, além de redução da eficácia profissional.
Em meio a tudo isso, o LinkedIn, rede social que atua como autoridade no mundo profissional, realizou uma pesquisa entre março e junho deste ano.
Para isso, a empresa coletou dados de 16 mil profissionais nos Estados Unidos para descobrir quais áreas são mais propensas ao esgotamento emocional que caracteriza o burnout.
A seguir, detalhamos as cinco profissões que, de acordo com o levantamento, estão mais associadas a esse problema moderno.
1. Gerentes de projetos
A profissão de gerente de projetos envolve a coordenação de equipes, prazos e orçamentos para garantir que um projeto seja entregue conforme o planejado.
Esse especialista lida com múltiplas responsabilidades, que vão desde o planejamento estratégico até a resolução de problemas imprevistos.
O burnout entre esses profissionais é frequentemente causado pela pressão de gerenciar prazos curtos, o volume excessivo de tarefas e a necessidade de lidar com expectativas conflitantes entre clientes, stakeholders e equipes internas.
2. Servidores da saúde
Profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos, enfrentam uma rotina intensa de atendimento a pacientes, muitas vezes em condições críticas.
A sobrecarga emocional de lidar com vidas humanas, aliada a longas jornadas de trabalho, falta de recursos e ambientes estressantes, faz com que esses profissionais sejam extremamente vulneráveis ao burnout.
A pandemia de Covid-19 exacerbou ainda mais esses fatores, resultando em uma crise de saúde mental no setor.
Servidores da saúde estão entre os mais afetados pelo burnout atualmente – Imagem: reprodução
3. Prestadores de serviços comunitários e sociais
Aqueles que atuam em serviços sociais ou comunitários, como assistentes sociais, lidam diretamente com situações de vulnerabilidade e sofrimento humano.
Eles enfrentam a pressão de ajudar pessoas em crise, muitas vezes com recursos limitados e em condições precárias.
A falta de reconhecimento adequado pelo trabalho e a exposição constante a histórias e cenários de dor emocional fazem com que o burnout seja uma realidade comum entre esses profissionais.
4. Profissionais que atuam com garantia de qualidade
A garantia de qualidade (ou controle de qualidade) envolve garantir que produtos, serviços ou processos estejam de acordo com os padrões e expectativas estabelecidos.
Profissionais dessa área enfrentam a responsabilidade de detectar falhas e prevenir problemas, o que pode gerar uma grande pressão psicológica, especialmente quando os prazos são apertados.
A natureza detalhista e repetitiva do trabalho também contribui para a sensação de esgotamento.
5. Profissionais da educação
Professores e educadores são frequentemente desafiados por uma combinação de altas expectativas, falta de recursos e excesso de responsabilidades.
Eles não apenas ensinam, mas também gerenciam questões comportamentais e emocionais de seus alunos, além de enfrentar pressão administrativa e cobranças de pais e gestores.
Tal ambiente pode gerar exaustão emocional, especialmente em um cenário de crescentes mudanças curriculares e desafios na adaptação às novas tecnologias educacionais.
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