86 anos depois, destroços do avião de Amelia Earhart são encontrados
A recente descoberta no Pacífico pode finalmente desvendar o mistério do desaparecimento de Amelia Earhart e seu avião há 86 anos.
Há 86 anos, o mundo estava em choque com a noticia do desaparecimento da aviadora Amelia Earhart, que tentava se tornar a primeira mulher a dar a volta ao mundo pilotando um avião. De lá para cá o paradeiro da aeronave era um total mistério.
Mas uma equipe de arqueólogos subaquáticos e especialistas em robótica de exploração marinha, da empresa Deep Sea Vision, acabou de anunciar que talvez tenha encontrado a aeronave fundo do Pacífico.
Usando imagens de sonar, a equipe detectou uma “anomalia” a mais de 4.800 metros de profundidade, semelhante a uma aeronave. Pela localização e dimensão do objeto, os pesquisadores acreditam se tratar do Lockheed 10-E Electra, um avião com capacidade para 10 passageiros, que Earhart pilotava ao tentar quebrar o recorde histórico.
Imagem: Reprodução
O CEO da empresa, Tony Romeo, espera retornar ao local dentro de um ano para confirmar a descoberta, o que provavelmente envolveria o uso de um ROV (veículo operado remotamente) com uma câmera que permitiria investigar o objeto mais de perto e, talvez, até mesmo, trazê-lo à superfície.
As imagens foram registradas a cerca de 161 quilômetros de distância da Ilha Howland, no Pacífico, próximo do local onde Amelia Earhart e o navegador Fred Noonan deveriam pousar. Eles já haviam sobrevoado por mais de 35 mil km e estavam a menos de 11 mil km do objetivo final.
Andrew Pietruszka, arqueólogo subaquático do Scripps Institution of Oceanography (Universidade da Califórnia), pondera que ainda não se pode afirmar com certeza se tratar do avião de Amélia, pois existe a possibilidade de ser ruído nos dados do sonar ou algo geológico.
Quem foi Amelia Earhart?
Amelia Earhart nasceu a 24 de Julho de 1897 em Atchison (Kansas – Estados Unidos). Em janeiro de 1921 iniciou seu treinamento de voo e, 6 meses depois, comprou ‘O Canário’, um biplano Kinner amarelo brilhante de segunda-mão. Em 22 de outubro de 1922, Earhart voou a uma altitude de 14 mil pés, batendo um recorde mundial para aviadoras.
Ela obteve sua licença de voo poucos meses depois, tornando-se a 16.ª mulher a conseguir uma licença de voo da Fédération Aéronautique Internationale (FAI).
Imagem: Reprodução
Em 1927, após alguns percalços, mas sem nenhum incidente sério, ela já acumulava quase 500 horas de voo solo, até passar por problemas financeiros e ser obrigada a vender ‘O Canário’. Assim mesmo, ela manteve-se ativa na área, destacando-se na luta por mais mulheres na aviação.
Amelia só começou a ganhar destaque quando foi convidada a cruzar o Atlântico em 1928, tornando-se a primeira mulher na história a realizar o feito. Na ocasião, ela ainda não tinha certificação para voar por instrumentos, participando apenas como tripulante. Na volta, ela havia se tornado celebridade nacional e passou a participar de diversas conferências e comerciais, virando garota propaganda de muitas empresas.
Com o passar dos anos, Earhart foi aumentando seu nível de voo, ganhando notoriedade em diversas competições e quebrando recordes. Em 1931, pilotando um Pitcairn PCA-2 autogiro, quebrou o recorde mundial de altitude de 18 415 pés (5 613m).
A cereja do bolo veio em 1932, quando ela realizou o sonho de ser a primeira mulher a cruzar o Atlântico, desta vez como piloto e em um voo sem escalas. Amelia Earhart já era uma celebridade quando tomou a decisão de ser a primeira mulher a dar a volta ao mundo pilotando.
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