Enjoei: plataforma procura soluções para 2022
A plataforma Enjoei passou por algumas dificuldades devido à crise e optou por políticas que retomassem o equilíbrio fiscal. Entenda!
A Enjoei é um tipo de “brechó online” — se bem que essa definição é bastante abrangente, mas atende a nossa premissa. Nesse sentido, essa plataforma possui aplicativos tanto para Android quanto para iOS, configurando-se em uma loja que vende todo tipo de objetos, desde roupas a materiais eletrônicos, bem como bicicletas e outros variados produtos. Em vista disso, a Enjoei optou por abrir mão de margens de lucro para conseguir expandir o quadro de vendedores da plataforma em 2021.
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O plano da empresa é ampliar os lojistas virtuais, dessa forma, seria possível aumentar o número de clientes ao transcorrer do tempo. A ideia base é que, com a ampliação de vendedores, consequentemente a quantidade de produtos vendidos pode aumentar. A Enjoei estima que em 2022, esse investimento feito a um ano atrás irá, pouco a pouco, reduzir os prejuízos que a plataforma teve. O fato é que, no quarto trimestre de 2021, foi registrado um prejuízo significativo que só piora, chegando a 56,7% no último balanço feito.
Medidas para ampliar as vendas
O CEO da empresa, Tiê Lima, argumenta que uma vez aumentado “o número de vendedores na plataforma, combatemos o custo de aquisição de clientes, com uma base mais rentável de usuários”. O primeiro passo que a empresa deu rumo a esse processo foi aumentar o número de vendedores oferecendo alguns benefícios, como ampliar a liquidez das vendas através de descontos referentes aos fretes para o consumidor final. Posteriormente, a Enjoei passou a ofertar para que os lojistas virtuais pudessem fazer a primeira venda sem precisar, de fato, pagar a porcentagem padrão da plataforma, bem como descontos na segunda e terceira venda.
Desse modo, a partir dessas premissas, a empresa teve um aumento de 50% na sua base de vendedores, chegando a 1 milhão. Além disso, o número de transações/compras feitas na plataforma cresceu também em torno de 17%. No que tange a receita bruta da companhia, a empresa obteve um aumento de 8,2%, crescendo 27%.
Todavia, apesar desses números parecerem promissores, o fato é que a melhora na rentabilidade da empresa não mostrou-se efetiva. Na realidade, houve uma piora em torno de 56,7%, alcançando um prejuízo de R$33,7 milhões. Quando questionado acerca dessa problemática, Lima afirma que essas escolhas foram pautas única e exclusivamente pensando no cenário econômico, explicando que “para que a dinâmica de crescimento seja mais sustentável”.
“Entendemos que o cenário macroeconômico coloca pressão sobre o custo de capital como um todo. Temos de prestar atenção e sermos conscientes do cenário porque ele é desafiador. Ele coloca pressão na expectativa do capital investido e nos coloca em um nível de exposição que temos de prestar atenção”, destacou.
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