CEO do Nubank diz que doará metade de sua fortuna

Um dos sócios-fundadores e atual CEO do Nubank diz que não consegue gastar sua fortuna. David Vélez contou, em recente relato, que não sabe mais o que fazer com todo o dinheiro que ganhou em decorrência do seu empreendimento. Consolidado como uma das maiores instituições financeiras da América Latina, o Nubank chega a valer cerca de R$ 206,01 bilhões.

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Topo da pirâmide de riqueza na nova economia

Ao se tornar bilionário aos 40 anos, David Vélez afirmou sentir certo desconforto quando viu que tinha entrado para o topo da pirâmide de riqueza na nova economia. “No ano passado, o valor da empresa ficou enorme. Um dia, você acorda e pensa: Nossa, o que a gente faz com essas ações? É muito dinheiro. Não precisamos, não temos uma vida de luxos”, disse.

No final de 2021, a instituição financeira fez sua estreia na Bolsa de Nova York valendo cerca de R$ 41,5 bilhões, no entanto, ela possui apenas nove anos de criação. O IPO fez com que o Nubank superasse bancos tradicionais em valor de mercado, como Bradesco e Itaú, tornando-se a instituição financeira mais valiosa de toda a América Latina.

Segundo o CEO, fundar o Nubank a partir do zero parecia algo impossível no começo. A ideia surgiu logo após Velez deixar o quadro de funcionários de um banco tradicional e abandonar a carreira de executivo para se tornar empreendedor.

“Estamos no oitavo e indo para o nono ano da história do Nubank. O crescimento foi muito mais rápido do que imaginamos. Ninguém esperava chegar a quase 50 milhões de clientes”, relata.

Doação de metade de sua fortuna acumulada

Ademais, alguns meses antes do IPO da empresa, em agosto de 2021, Vélez , juntamente com sua esposa, Mariel Reyes, economista, entraram para o The Giving People, iniciativa filantrópica de Bill Gates e Warren Buffet.

Nesse sentido, o casal assumiu um compromisso de doar algo em torno da metade de suas fortunas para projetos sociais de forma contínua. Além disso, para tornar o trato real, Vélez e Reyes estão desenvolvendo uma plataforma cujo objetivo é gerar oportunidades para crianças e jovens latino-americanos menos favorecidos.

“Por mais dinheiro que se tenha, ninguém ainda achou a cura da morte. Todos temos um final e não se leva nada. Não vou conseguir gastar todo esse dinheiro, por mais criativo que seja, e bilionários são criativos”, explicou.

Além disso, o CEO ainda compartilhou os seus sonhos para o futuro do mundo. “Antes talvez a definição de sucesso fosse estar na lista da Forbes. A ideia era ser o mais rico possível. Agora isso começa a mudar. Sucesso vai ser gerar muito valor para si mesmo e para a sociedade. Sou otimista”, finalizou.