Esta doença rara faz as pessoas pensarem que estão mortas

Conhecida como síndrome de Cotard, ou “síndrome dos Mortos-Vivos”, essa é uma doença mental muito rara que causa uma sensação de morte. Confira agora mais detalhes sobre essa condição.

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Registro do primeiro caso de Cotard

Embora considerada rara, a síndrome de Cotard tem sido objeto de diversos estudos científicos ao longo dos anos. O primeiro caso conhecido, datado de 1880, foi de um paciente que acreditava não ter mais órgãos, mas apenas pele e ossos. Com isso, ele achou que não precisava mais comer e continuava perdendo peso até morrer de fato.

Em artigos científicos sobre o transtorno, uma proporção significativa de pacientes tem histórico de uso de antidepressivos e relata sentimentos de desesperança, baixa energia e perda de apetite.

Em 2013, o portal New Scientist publicou uma entrevista com um paciente que, após se eletrocutar no chuveiro, se convenceu de que não tinha mais cérebro e tentou o suicídio. O paciente relatou que perdeu o olfato e o paladar na época.

Um ponto importante que os cientistas notaram no estudo baseado em testes de imagem é que a atividade cerebral de pessoas com síndrome de Cotard tem muitas semelhanças com a de uma pessoa vegetativa. Portanto, a teoria dos pesquisadores é que essas mudanças são responsáveis ​​pela sensação de morte.

Principais sintomas da síndrome de Cotard

Alguns sintomas que ajudam a identificar esta doença são:

• A sensação que surge de pensar que se está morto;
• Demonstrar ansiedade rotineiramente;
• Sentir que os órgãos do corpo estão se corroendo;
• Isolamento social;
• Sentir que já está sem vida e que não podem matá-lo;
• Se tornar uma pessoa negativa;
• Ter insensibilidade à dor;
• Sofrer com muitas alucinações;
• Possibilidade de se tornar suicida.

Além desses sinais, as pessoas com essa síndrome também podem relatar que sentem cheiro de carne podre saindo de seus corpos, porque acham que seus órgãos estão apodrecendo. Em alguns casos, os pacientes também podem não conseguir se reconhecer no espelho ou mesmo não reconhecer familiares e amigos.