94 ex-alunos da mesma escola foram diagnosticados com tumor raro

Em Nova Jersey, nos Estados Unidos, autoridades investigam a relação entre os vários diagnósticos de tumores no cérebro com uma escola local. Tudo começou quando o cientista Al Lupiano, ex-aluno da escola Colonia High School, foi diagnosticado com um tumor cerebral no final dos anos 90.

Porém, sua desconfiança começou ano passado quando sua esposa e sua irmã, falecida em fevereiro, também foram diagnosticadas com tumores cerebrais. Então, Al Lupiano começou a procurar por motivos que tivessem levado pessoas tão próximas a desenvolver a mesma doença. Neste artigo, falamos mais sobre o caso, então confira na íntegra para entender mais a respeito do tema!

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Desdobramentos da pesquisa de Al Lupiano

Ao buscar entender sobre a coincidência ou não da presença dos tumores ele chegou a conclusão de que todos haviam frequentado a mesma escola, Colonia High School, e ali poderia ter alguma explicação.

Depois disso, Al Lupiano criou um grupo no Facebook para contactar outras pessoas que frequentaram a escola para conferir se havia outros relatos da doença. Ao todo, 94 pessoas entre ex-alunos e funcionários haviam desenvolvido tumores raros no cérebro.

Ainda não se sabe exatamente o que causou os tumores cerebrais, apenas que isso não está relacionado com a água, ar e nem solo. A seguir, discutiremos um pouco mais sobre o diagnóstico de tumores cerebrais e como eles podem impactar a vida dos ex-alunos da Colonia High School.

O que é um tumor cerebral?

Bom, de modo geral, um tumor no cérebro é uma massa cancerígena ou não cancerígena de células anormais no cérebro. No caso dos ex-alunos da Colonia High School, o tipo de tumor mais diagnosticado foi o glioblastoma, que é um tumor cancerígeno.

Esse tipo de tumor é raro e afeta cerca de 3,21 a cada 100.000 pessoas, então a escola realmente tem ligação com os diagnósticos. O glioblastoma é um tipo de tumor maligno que ataca o Sistema Nervoso Central e pode afetar o cérebro ou a medula espinhal.

O tumor surge com a formação de uma massa a partir das células chamadas astrócitos, responsáveis por sustentar e nutrir os neurônios (células cerebrais). Alguns dos sintomas do glioblastoma são: dor de cabeça, perda de apetite e equilíbrio, convulsões e dificuldade de aprendizagem.

Conforme o tumor cresce e toma espaço no cérebro, outros sintomas graves podem aparecer, como mudanças de comportamento, problemas na fala e também na visão. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o glioblastoma é de grau IV, sendo uma das formas mais agressivas de câncer.

Por causa dessas graves consequências, as autoridades de Nova Jersey estão pesquisando a fundo o que pode estar causando esses tumores nos moradores locais.