Guerra Civil Espanhola – o que foi, resumo e consequências
Saiba o contexto histórico da guerra civil espanhola, os grupos participantes, as causas e os principais episódios, como o bombardeio à Guernica.
A História da humanidade tem inúmeros episódios relacionados a conflitos armados gerados por turbulências civis, políticas e econômicas. Além das duas grandes guerras mundiais, confrontos regionais marcaram civilizações de países do mundo inteiro, a exemplo da Guerra Civil Espanhola.
Deflagrada entre os anos de 1936 e 1939, comportou conflito entre forças políticas que lutavam pela tomada do poder. Marcada pelo confronto entre Frente Popular e Falange Espanhola Tradicionalista, terminou com a vitória do general Francisco Franco que, por sua vez, instalou regime ditatorial que perdurou até 1975.
Contexto histórico
O início do século XX foi marcado por crises políticas e sociais vividas pelo povo espanhol. As dificuldades oriundas do atraso monárquico mal eram combatidas pelo governo monárquico que se preocupava, apenas, em reprimir os movimentos populares representados pelos partidos de esquerda e sindicatos.
Apesar de manter a monarquia, o general Primo de Rivera instalou ditadura fascista em 1923, governo que caiu sete anos depois. Em 1931, um movimento revolucionário popular derrubou a monarquia em meio a agitações sociais, proclamando a República. Um dos pontos levantados pelo novo governo foi um programa de reformas políticas e sociais.
Entre as estratégias mencionadas, estavam reforma agrária e anistia, o que assustou a parte conservadora, especialmente, formada pela alta burguesia, proprietários de terra, clero e exército. As medida, então, acirraram as disputas entre direita (Falange) e esquerda (Frente Popular).
Como a guerra começou?
Em 1936, a Frente Popular, que reunia comunistas, anarquistas, liberais e socialistas, elegeram Manuel Azaña como novo presidente. Como seria de se esperar, os falangistas tentaram tomar o poder por meio de um golpe de estado liderado por Francisco Franco no dia 18 de julho de 1936.
No entanto, essa primeira tentativa não foi bem sucedida devido à resistência oferecida pelas organizações anarquistas e Partido Comunista Espanhol (PCE). Foi aí que se formaram as duas principais linhas de combate da guerra civil – Falange (Movimento Nacional) e Frente Popular.
Apoio estrangeiro
Os regimes fascistas atuantes na Itália e Alemanha prestaram apoio militar aos falangistas. O interesse era propagar o tipo de gestão por toda a Europa e, assim, frear o crescimento do socialismo espanhol. A União Soviética, por sua vez, apoiou os republicanos por meio do envio de tropas e equipamentos bélicos.
O que foi o Bombardeio à Guernica?
O saldo da Guerra Civil Espanhola foi o pior possível mas, um de seus episódios mais dramáticos foi, sem dúvida, o bombardeio à cidade de Guernica. Ocorrido em 26 de abril de 1937 com o patrocínio alemão e italiano, causou a morte de 125 civis por meio do bombardeio efetivado por aviões de guerra.
A destruição completa do povoado foi retratada pelo pintor espanhol, Pablo Picasso, na tela Guernica, de 1937.
Fim da Guerra Civil Espanhola
O conflito teve a duração aproximada de três anos e, até hoje, é tido como um dos mais sangrentos da História. No final, os falangistas saíram vitoriosos ao derrubar o Governo Republicano. Com isso, Francisco Franco assumiu o poder em abril de 1939, implantando um longo regime ditatorial de direita que só terminou com sua morte, em 1975.
Consequências da Guerra Civil Espanhola
- Casas, prédios e igrejas destruídos em várias cidades
- Campos cultivados destruídos causando prejuízos à pecuária e agricultura
- Redução da renda dos espanhóis em cerca de 30%
- Crise econômica por anos
- Aproximadamente um milhão de mortos
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