Qualidade de vida e bem-estar norteiam os brasileiros na busca por imóveis

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) realizou uma pesquisa, na qual 14 mil pessoas foram entrevistadas, em que foram obtidos alguns dados sobre como a compra de imóveis acaba impactando na vida dos brasileiros.

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A pesquisa mostrou que 71% da população baseia a escolha de seu imóvel na economia e comodidade. Assim, por exemplo, os brasileiros preferem pagar um valor mais alto por um imóvel próximo ao trabalho, e economizar no gasto de combustível. Já 57% dos entrevistados responderam que preferem imóveis que permitam uma maior integração com a natureza e espaços mais arejados.

A pandemia também mudou um pouco as preferências dos brasileiros, já que agora 33% da população acha importante ter um cômodo exclusivo para trabalho no imóvel, uma vez que o regime home office ficou muito mais comum após esse período.

No Rio Grande do Sul estes reflexos já estão cada vez mais perceptíveis, e a população encara a residência não só como um local de descanso e momentos em família, e sim como um local que precisa acomodar outros critérios, como o trabalho. “Qualidade de vida se tornou a palavra-chave”, disse Matheus Kurtz, que é diretor de vendas e franquias da Auxiliadora Predial.

Em Porto Alegre, capital gaúcha, a procura por imóveis com 2 ou 3 quartos aumentou, somando mais de 50% das vendas deste ano. Além disso, a busca tem crescido por apartamentos com posição solar privilegiada e áreas maiores e iluminadas. “Apartamentos, casas e sobrados ainda são os imóveis mais procurados pelos brasileiros, que prezam muito ainda pela compra, como moradia própria. Uma cultura que passa por gerações, de que ter o seu próprio bem é um sinônimo de valorização, não só financeira, mas também de sentimento”, disse Kurtz.

Com a lógica de que morar perto do trabalho é essencial, a procura por imóveis nos grandes centros tem aumentado, tornando os bairros mais centrais e o próprio Centro os mais procurados pelos clientes das imobiliárias de Porto Alegre.

A expectativa do universo imobiliário é que essas preferências continuem nos próximos anos, pois assim há como a indústria focar em mais moradias que unam o bem-estar e a modernidade que está sendo buscada pelos clientes.