Esquema de privação emocional: você pode estar sofrendo com isso sem saber

Jeffrey Young, terapeuta e teórico, criou a tese dos 18 Esquemas Iniciais Desadaptativos. Ou seja, são padrões que determinam comportamentos e pensamentos que podem causar sofrimento e costumam se iniciar ainda na infância. Dentre esses esquemas, há a privação emocional. Descubra agora o que é o esquema de privação emocional e prováveis agentes causadores.

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Esquema de privação emocional: você se identifica?

Você já se sentiu negligenciado(a) por pessoas que você ama não levarem em conta as suas necessidades emocionais? Isso, em algum momento, já lhe fez parar de contar às pessoas como se sente ou quando algo lhe incomoda, por achar que ninguém se importa ou que não irão fazer nada a respeito? Ou, talvez, não ache que os seus sentimentos sejam importantes a ponto de serem debatidos?

Caso a resposta seja sim, pode ser que você carregue consigo o fardo de ter um esquema de privação emocional. Confira, abaixo, o que a Psicologia diz sobre o tema.

Quando esses pensamentos têm início?

A origem dessas crenças está associada à infância. Nesta fase da vida, nosso cérebro tenta entender como funcionam os relacionamentos, para que possamos replicá-los em nossas futuras relações interpessoais. Geralmente, a família é o maior modelo adotado pela criança.

Por isso, quando ela está em um ambiente onde os familiares não demonstram companheirismo, compreensão, proteção, ou quando costumam ser rejeitadores, não empáticos ou privados emocionalmente, essa visão de mundo é absorvida pela criança.

Consequentemente, adultos tendem a replicar e manter esses padrões distorcidos de visão de si e de relacionamentos em geral.

Como perceber sinais de privação emocional em si?

Um psicólogo é um profissional apto a perceber sinais de privação emocional, uma vez que aborda esses casos ao longo da graduação e na prática clínica. Por isso, a psicoterapia é extremamente recomendada a pessoas com privação emocional. No entanto, aqui estão alguns sinais que podem ser percebidos e ajudam, inclusive, a estimulá-los no processo de autoconhecimento e de procura por terapia:

• Você assume que está sendo negligenciado mesmo em situações pequenas ou inexistentes.
• Costuma anular o seu próprio sentimento para não compartilhá-lo.
• Sente-se incompreendido(a) ou solitário(a) frequentemente.
• Costuma ser rancoroso ou ficar ressentido e irritado.
• Quando irritado, age de maneira passiva-agressiva ou irônica.
• É frio(a) e tenta impedir a aproximação de pessoas, especialmente como forma de revanche ao ser magoado(a).