As conquistas dos primeiros da família na universidade
Muitas trajetórias são motivos de inspiração para outras pessoas, seja pelo seu sucesso ou pela forma como batalharam até atingir seus objetivos.
Muitas trajetórias são motivos de inspiração para outras pessoas, seja pelo seu sucesso ou pela forma como batalharam até atingir seus objetivos. Entre o que incentiva aos demais, o principal é a história de vida que as pessoas levam como bagagem para enfrentar as dificuldades. Desta forma, temos a história de cinco profissionais que foram cotistas em universidades, sendo os primeiros de suas famílias a terem uma formação de ensino superior e a realizar incríveis conquistas em suas áreas.
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As histórias de vida dessas pessoas tem muitas similaridades: trabalham muito desde cedo, estudaram em pré-vestibulares comunitários e foram cotistas em universidades públicas. Essas são as principais semelhanças entre a cientista Ana Gabryele Moreira, de 30 anos, e do escritor Jeferson Tenório, de 45 anos. Respectivamente, ela foi a primeira mulher negra a ganhar o prêmio Marie Curie da agência internacional de Energia Atômica, entidade vinculada à ONU, e ele o primeiro cotista negro a se formar na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), sendo o terceiro a conquistar o prêmio Jabuti de melhor romance literário.
Além desses dois exemplos de superação, vindos de uma situação de muito esforço e dedicação para atingir seus objetivos, temos também Thiago Alberto de Mello, de 30 anos, que conciliou o trabalho, escola e curso técnico, sendo o primeiro da família a se formar no ensino superior posteriormente.
Para Paulo Jeremias Aires, de 23 anos, do povo Akroá Gamella, estudar sempre foi um sonho. Através das cotas, foi aprovado em engenharia química na UFMA (Universidade Federal do Maranhão), migrando para arquitetura e urbanismo na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) através de um vestibular. O aluno relata a constante dificuldade do sistema para lidar com indígenas, principalmente pelos últimos dois anos de pandemia, em que Aires recebeu o apoio de colegas indígenas.
Fechando nossa lista, temos Carlucia Alves Ferreira, de 21 anos, que saiu da comunidade quilombola da Lagoa dos Anjos, na Bahia, para cursar medicina na UFPel (Universidade Federal de Pelotas). A jovem foi a primeira de seu quilombo a ingressar na universidade, e agora busca concluir a sua missão de vida, que é a formação na sua área.
São histórias de pessoas que lutam constantemente contra o sistema, superando as adversidades em busca de um futuro melhor, na construção dos seus sonhos. Não há caminhos fáceis, mas há um caminho a se trilhar.
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