Tartaruga gigante considerada extinta é encontrada em Galápagos
Conheça a tartaruga-gigante Fernanda, única exemplar viva da espécie dada como extinta em 1906 e que foi descoberta na ilha de Galápagos.
Nomeada Fernanda, a tartaruga-gigante fêmea de quase 100 anos de vida foi encontrada em Galápagos. A extinção de sua espécie foi decretada há pouco mais um século, mas este exemplar vive isolado na ilha Fernandina de Galápagos, em um local extremo, formado por lava. Confira, abaixo, mais informações sobre a agora não extinta tartaruga-gigante encontrada em Galápagos.
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Tartaruga Fernanda
Fernanda está há 100 anos vivendo isolada em um ambiente super inóspito: uma prisão de lava na ilha Fernandina. Mesmo com constante atividade vulcânica, esta tartaruga quase centenária permanece viva. Porém, devido à dieta limitada pelo habitat, ela é um pouco menor que as demais fêmeas documentadas, possuindo 54cm de casco. Apesar das limitações territoriais e nutricionais, ela se mantém como o único exemplar da sua espécie, Chelonoidis phantasticus.
O que os cientistas esperam?
O último exemplar da espécie foi documentado pela Academia de Ciências da Califórnia em 1906. Com a descoberta de Fernanda, os cientistas estão esperançosos quanto à probabilidade de encontrar mais uma dessas tartarugas. A expectativa é localizar um macho e mais uma fêmea dessa vez, com o intuito de repovoar a ilha.
Por que precisam de 2 fêmeas?
Por questões biológicas, é preciso haver variabilidade genética, para que não haja sucessivos cruzamentos entre irmãos e familiares próximos e, com isso, surjam problemas genéticos. Portanto, com pelo menos mais uma fêmea, é possível aumentar a variedade de genes circulantes na população.
Como a tartaruga-gigante foi encontrada?
Washington Tapia é o líder da expedição de 7 cientistas responsáveis por encontrar Fernanda. Segundo o cientista, eles estavam em uma expedição na ilha há quatro dias. O processo era bem difícil, afinal, eles só conseguiam adentrar na zona oeste por helicóptero. No último dia de visita, por acaso, eles foram até o coral para avaliar a vegetação.
O cientista afirma que, para chegar ao local de estudo, precisavam cruzar um anel de 5km de lava seca. Ao percorrer este caminho, eles localizaram Fernanda. A partir disso, ela foi transportada ao Centro de Criação de Tartarugas Gigantes, isolada por alguns dias e, aos poucos, introduzida no ambiente. A Universidade Yale reconheceu o seu genoma e a sua espécie, até então considerada extinta.
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