Android atualizado por até 3 anos; é o que deseja a União Europeia
Está sendo discutida na Comissão Europeia uma proposta que pode obrigar fabricantes de celulares com sistema Android a fornecerem atualizações por até 3 anos para todos os aparelhos.
Donos de smartphones antigos frequentemente deixam de receber atualizações nos sistemas operacionais dos celulares. Atentos a esta realidade, integrantes da União Europeia querem determinar que as fabricantes façam uma nova atualização do Android por até 3 anos. Leia mais e entenda a proposta e os objetivos do bloco.
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Celulares atualizados por até 3 anos
A União Europeia discute na Comissão uma proposta com o objetivo de aumentar o ciclo de atualizações dos smartphones. A ideia é fazer com que as fabricantes sejam obrigadas a atualizar todos os celulares por até três anos. Se aprovada, a medida vai impactar principalmente o Google.
A discussão tem como pano de fundo a preocupação ambiental, em razão do aumento na demanda por smartphones e outros dispositivos eletrônicos. A consequência do aumento na procura é a forte pressão ambiental para produzir energia e materiais que são necessários para fabricar um aparelho eletrônico.
Ainda, atentos ao processo de obsolescência, argumentam que muitos donos de aparelhos descartam os objetos antes do fim da sua vida útil, o que leva ao desperdício de recursos, ante a falta de reciclagem ou reuso efetivos.
Desse modo, para aumentar a vida útil dos aparelhos, a Comissão Europeia liberou o rascunho da proposta no dia 31 de agosto. Nela, o conselho busca obrigar as fabricantes a disponibilizarem atualizações de segurança gratuitamente para os celulares, por até cinco anos, assim como atualizar o sistema operacional dos aparelhos pelo período mínimo de três anos.
Fabricantes dos smartphones Android podem ser mais afetados pela medida
O rascunho, que tem como objetivo ser convertido em lei, certamente vai promover impactos em escala global. Primeiro, pelo fato da União Europeia representar um grande mercado. Por outro lado, o instrumento legal pode servir de base para outros países adotarem a mesma medida.
Assim, considerando que várias fabricantes de smartphones não disponibilizam atualizações de longo prazo nos aparelhos, várias vão precisar modificar sua forma de trabalho para atender às exigências legais.
Além disso, o projeto de lei visa obrigar as fábricas a fornecerem peças importantes para os aparelhos por um período de até cinco anos após a marca retirar o produto do comércio. A Comissão estipula que bateria, tela e câmeras são alguns desses componentes a serem ofertados.
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