Oceano Pacífico vai diminuir e formar um novo supercontinente

Todos sabem que os oceanos ocupam um percentual relevante do nosso planeta, ainda mais se formos considerar que a água em si ocupa 70% da superfície da Terra. Segundo um estudo recente, realizado pelo geofísico Chuan Huang, da Curtin University, na Austrália, os dados indicam que o Oceano Pacífico está diminuindo com o passar dos anos, de forma gradual. Contudo, o problema que os cientistas puderam perceber a partir disto é que essa diminuição pode acabar criando um supercontinente. 

De acordo com os dados das pesquisas, que foram publicados na revista National Science Review, o Pacífico tem diminuído aproximadamente 2,5 cm por ano. Esta diminuição resulta na movimentação das placas tectônicas para o oeste. Estima-se que o supercontinente, que vai ser chamado de Amásia, seja uma realidade só daqui a 200 milhões de anos.

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Como funciona essa diminuição e sua influência na criação do novo supercontinente?

Com o encolhimento do oceano, a América do Norte vai ficar colada na Ásia. Este tema é debatido por Huang e sua equipe há mais de dez anos. O grupo de cientistas percebeu que a força da litosfera, a camada rígida da Terra, vem sendo um fato negligenciado para entender melhor como esse supercontinente vai surgir.

“Acredita-se que os supercontinentes conhecidos da Terra se formaram de maneiras muito diferentes, com dois membros finais sendo introversão e extroversão. O primeiro envolve o fechamento dos oceanos internos formados durante a separação do supercontinente anterior, enquanto o último envolve o fechamento do superoceano externo anterior”, dizem os estudos.

O novo continente Amásia

É normal a Terra passar por diversas e constantes mudanças ao longo do tempo, e isto é algo que vai continuar a acontecer até depois do fim da humanidade – caso isso de fato venha a acontecer. Um exemplo para ilustrar melhor a situação: a Pangeia se formou há 335 milhões de anos, e depois da ascensão dos dinossauros, o continente acabou se separando gradativamente.

A Terra hoje é composta por seis continentes com ecossistemas e sociedades totalmente diferentes, ao contrário do tempo da Pangeia, e fatalmente será muito distinta daqui a 200 ou 300 milhões de anos.

“A Terra como a conhecemos será drasticamente diferente quando Amásia se formar. Espera-se que o nível do mar seja mais baixo, e o vasto interior do supercontinente será muito árido com altas temperaturas diárias”, revelou Zheng Xiang Li, coautor dos estudos.