Massacre escolar: banco de dados revela informação importante
Os autores da maioria dos massacres escolares não apresentam doença psiquiátrica, aponta estudo da Universidade da Columbia.
Nos Estados Unidos, uma das grandes preocupações nas escolas é justamente quanto aos alunos que organizam um massacre. E, por isso, há muitos estudos para entender este comportamento. Neste artigo, traremos a conclusão de pesquisadores após analisarem um banco de dados sobre o tema.
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Banco de dados traz importante revelação
Uma universidade dos Estados Unidos, mais precisamente a Universidade de Columbia, em conjunto com pesquisadores e especialistas na área forense, realizou estudos e análises nos casos de massacres escolares para saber mais sobre o comportamento dos assassinos. Esse levantamento revelou que doenças psiquiátricas graves estão ausentes na maioria dos autores desses massacres.
A equipe de pesquisa na Universidade de Columbia, liderada por Ragy RR. Girgis, doutor em psiquiatria, constatou que 100% dos assassinatos foram realizados por homens com uma média de idade de 28 anos. Desses, 66,7% eram caucasianos, e armas de fogo estavam presentes em 63% dos assassinatos.
Apesar de ser constatada a ausência das doenças psiquiátricas ou distúrbios psicóticos, nota-se que metade dos autores tiraram a própria vida no local após realizar o massacre. Este fato levou os pesquisadores a supor um sentimento de ato final nesses atiradores.
“Nossas descobertas sugerem que os tiroteios em escolas de massa diferem de outras formas de assassinato em massa e que devem ser vistos como um fenômeno distinto”, diz o Dr. Girgis.
Columbia Mass Murder Database
Para realizar o estudo, os pesquisadores coletaram informações do Banco de Dados Columbia Mass Murder. Trata-se de um banco de dados desenvolvido para obter uma visão melhor da relação entre as doenças psiquiátricas graves e estes assassinatos. Para criar este banco de dados, houve uma revisão de 14.785 assassinatos descritos publicamente em inglês, impressos ou online, ocorridos no mundo todo entre os anos de 1900 e 2019.
Após as análises, o que pode se concluir sobre as descobertas é que, segundo os pesquisadores, pode ajudar as autoridades e legisladores a entenderem um pouco melhor o fenômeno dos massacres escolares. Isso porque eles diferem de outros tipos de assassinatos em massa, e também ajudam a identificar jovens que possam ser problemáticos, mas que não necessariamente precisam ter algum tipo de doença psicológica grave. Os autores enfatizam que esses dados não podem ser usados para prever comportamentos em um nível individual.
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