SUS oferecerá programa de suporte para pessoas de luto em São Paulo
O Proalu foi criado em 2020, destinado a quem perdeu entes durante a pandemia do novo coronavírus e ampliado após esse período.
Estar diante da situação de receber a notícia de que um parente ou amigo faleceu é sempre algo extremamente delicado para as pessoas. Perder alguém importante costuma doer de maneira inexplicável, e todo o suporte é necessário nesses momentos.
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A pandemia do coronavírus mostrou o que todos já sabiam: nunca estamos preparados para nos despedirmos de pessoas queridas, principalmente de uma maneira muito precoce, como aconteceu em inúmeras situações durante os maiores picos da doença.
Em casos de óbitos pela Covid-19, os tradicionais rituais de velórios e despedidas foram barrados, mediante ao risco de novas infecções durante esses eventos. Com isso, os momentos de perda ficaram ainda mais pesados, uma vez que não era possível ter uma última despedida.
Pensando nisso, em maio de 2020, a psicóloga Samantha Mucci, do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, se tornou uma das idealizadoras do Programa de Acolhimento ao Luto (Proalu), iniciativa que possibilita apoio às famílias fragilizadas por perdas.
Os atendimentos são realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), pelos residentes em psiquiatria. “Treinamos os residentes, na época eram cerca de 20 residentes de Psiquiatria, tudo online. Marcamos os horários de supervisão semanais e dividimos os grupos”, afirma Mucci, ao relembrar do início do programa no ano de 2020.
Inicialmente, o suporte era dado para as famílias de pacientes da ala de Covid-19 do Hospital São Paulo, sendo disponibilizado para outras unidades um tempo depois. O Proalu atendia todos os tipos de pessoas, desde idosos até adultos, que sofriam com o luto diante de diversas situações, e não só envolvidas na pandemia.
A busca por ajuda deve ocorrer quando a pessoa, depois de um certo tempo, não consegue dar andamento à sua vida e fica em risco de adoecer. Isso porque, embora seja uma realidade extremamente dolorosa, em um certo momento existe a necessidade de guardar as lembranças com muito amor e seguir a vida.
No caso de ficar revivendo as perdas continuamente, o acompanhamento psicológico se torna necessário para que o indivíduo possa superar e continuar com suas atividades cotidianas.
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