Estudo aponta que alguns dinossauros eram tão inteligentes quanto os atuais primatas
O estudo surpreendente ainda é bastante controverso.
É muito complicado para especialistas comparar inteligência das espécies, principalmente sobre uma que sabemos tão pouco. Entretanto, um novo dado a respeito do Tiranossauro Rex surgiu, neles foi comprovado que a densidade neurológica entre os babuínos e o Rex eram bastante similares, o que surpreendeu muitos pesquisadores. Afinal, isso contestaria que a espécie era muito mais inteligente do que o que era imaginado. Leia e entenda mais sobre a inteligência de dinossauros!
Tiranossauro Rex e Babuínos possuem inteligências similares
O estudo ainda é bastante prematuro, entretanto já foi o suficiente para surpreender os cientistas, os quais anteriormente acreditavam que a espécie tinha uma capacidade neurológica muito menor.
Contudo, com esse novo dado que contesta a mesma densidade neurológica entre as duas espécies, é possível acreditar que os Tiranossauro Rex eram de fato muito inteligentes e poderiam até terem usado ferramentas, assim como os humanos e alguns outros animais atualmente.
A descoberta foi publicada no Journal of Comparative Neurology e criou uma discussão calorosa entre os especialistas. Isso porque uma parte aplaudiu o progresso diante das pesquisas a respeito da inteligência dos dinossauros, enquanto a outra acredita que os dados são falhos e muito pouco para contestar a inteligência da espécie.
Então é possível medir a inteligência dos dinossauros?
Descobrir sobre a capacidade cognitiva dos dinossauros sempre foi um desafio para os pesquisadores, os quais historicamente utilizavam do quociente de encefalização, ou seja, mediam o tamanho do cérebro dos dinossauros relacionado ao tamanho do corpo. Sendo assim, um Tiranossauro Rex, por exemplo, possuía um quociente de encefalização de 2,4.
Entretanto, o método é bastante falho, afinal muitos animais crescem independentemente do tamanho de seu cérebro. A paleo neurologista, Ashley Morhardt ainda afirma o quão complicado é medir esse quociente, principalmente se a espécie já tiver sido extinta.
Por isso, Suzana Herculano-Houzel buscou uma solução mais confiável e para isso, começou a medir a inteligência através da densidade neurológica no córtex. Para isso, ela utilizava o cérebro da espécie, dissolvia em uma solução e a partir daí, contava os neurônios.
A técnica de Suzana Herculano-Houzel não é possível com dinossauros
Embora não seja possível fazer o mesmo com o cérebro dos dinossauros, Herculano-Houzel encontrou uma oportunidade em um banco de dados que demonstrava que as aves e mamíferos possuíam uma densidade maior no córtex que os répteis.
As aves são parentes do grupo que incluía os dinossauros da espécie T.rex, portanto Herculano-Houzel decidiu testar truques de anatomia comparativa para descobrir sobre a densidade dos T.rex.
A pesquisa
A partir das massas cerebrais das tomografias computadorizadas dos crânios de dinossauros e o acesso ao banco de dados citados anteriormente, foi desenvolvido uma equação que tomava como base a massa cerebral e o número de neurônios. E assim ela descobriu a densidade neuronal de diversas espécies de dinossauros.
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