O mau humor pode te tornar uma pessoa mais detalhista; Entenda esta relação!

De acordo com um estudo realizado recentemente, na próxima vez em que você precisar analisar algo de maneira crítica, como algum documento importante, ou até mesmo uma obra artística, uma boa ideia pode ser pensar em aspectos da sua vida que te deixem realmente bravo ou chateado.

Isso porque a Universidade do Arizona descobriu que, nos momentos em que estamos mais nervosos ou somente de mau humor, a tendência é que sejamos mais críticos e analíticos em relação à inconsistências escritas ou até mesmo inconsistências em geral.

Vicky Lai, professora assistente de psicologia e ciência cognitiva no Arizona, utilizou dados de pesquisas anteriores sobre como o cérebro processa a linguagem. O time de pesquisa inicialmente pretendia analisar e entender melhor como o cérebro entendia a linguagem enquanto a pessoa estava de bom humor, em contraste ao mau humor.

“Humor e linguagem parecem ser apoiados por diferentes ligações cerebrais. Mas nós temos um único cérebro, e os dois fatores são processados nesse mesmo cérebro, então existe muita interação acontecendo”, diz a pesquisa. “Nós demonstramos que quando as pessoas estão com um humor negativo, elas são mais cuidadosas e analíticas. Elas analisam o que é realmente dito em um texto, não dependendo apenas do seu conhecimento do mundo”.

Como a pesquisa foi feita sobre ter mau humor e ser detalhista?

Para influenciar o humor dos participantes da pesquisa, foram utilizados trechos de um filme triste (A Escolha de Sofia) e de um seriado de TV divertido (Friends). Depois o humor deles era verificado, sendo que os trechos divertidos não demonstraram alterar muito o estado de espírito dos voluntários, enquanto os tristes causavam um humor mais negativo.

Em seguida, os participantes tinham que ouvir vários áudios emocionalmente neutros, com histórias de quatro frases, cada um contendo uma “frase-chave”. Cada uma dessas frases-chave eram exibidas nas telas dos voluntários, com uma palavra por vez. Enquanto isso acontecia, os cérebros dos participantes eram monitorados.

Dessa maneira, foi possível descobrir que quando os participantes estavam com humor negativo, o cérebro realizava mais funções relacionadas com a reanálise dos fatores. “Nós demonstramos que o humor importa, e talvez quando formos realizar alguma tarefa, nós devemos prestar mais atenção em nosso humor”, destacou a professora.

Por fim, ela orienta que “caso estejamos de mau humor, talvez devamos fazer coisas que sejam mais orientadas por detalhes, como revisão”.