Estudantes do programa de Educação nas Prisões conquistam medalhas na Olimpíada de Matemática
No sistema prisional paulista, houve 15 menções honrosas e quatro medalhas na premiação do ano passado, incluindo três de bronze e uma de prata.
Um sentimento de felicidade é descrito pelo reeducando Mostafa Shokor, de 33 anos, após conquistar uma medalha de prata na 17ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Outros três presos também receberam medalhas de bronze e 15 menções honrosas.
A Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva”, em Itaí, faz parte do Programa de Educação nas Prisões (PEP) e tem um histórico importante na prova, como em 2017, quando um presidiário colombiano, que fazia parte da unidade, conquistou uma medalha de ouro, sendo o primeiro reeducando na história da OBMEP a levar o prêmio máximo.
Shokor estava bem preparado para a avaliação, mas esperava um resultado melhor. Ele tem objetivos para quando ganhar liberdade, como ler mais e cursar uma universidade na área financeira.
As secretarias de estado da Administração Penitenciária (SAP) e Educação (Seduc-SP) têm estimulado a participação dos reeducandos na OBMEP, realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com o objetivo de prepará-los para o retorno à vida em sociedade. Ao todo, 25.811 em todo o estado se inscreveram para a prova em 2022.
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