Foi decretada a falência de uma tradicional fábrica de chocolates no Brasil

Na última segunda-feira (27), a fábrica de chocolates Pan, conhecida por produzir os “cigarrinhos de chocolate”, teve sua falência decretada pela Justiça. A empresa já havia apresentado pedido de autofalência em 2020, mas apenas agora foi oficialmente decretada a sua falência.

O juiz responsável pelo caso, Marcello do Amaral Perino, da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo, decidiu que as atividades da fábrica serão encerradas e os bens serão vendidos para pagar os credores.

O juiz destacou que a empresa era uma devedora contumaz dos tributos e que sua inscrição não estava regularizada, impossibilitando a continuidade de suas atividades.

A Chocolates Pan, que tem 85 anos de história e quatro filiais, foi comprada em 2016 pelo Grupo Brasil Participações. Atualmente, a empresa tem 52 funcionários e, segundo a mesma, teve seu faturamento reduzido após uma reestruturação em 2017 e, ainda mais, com a pandemia de Covid-19.

Os débitos tributários da empresa, que chegam a mais de R$ 126 milhões, serão pagos com o maquinário e imóveis avaliados em cerca de R$ 182 milhões. Funcionários da fábrica tentaram impedir a falência e pediram à Justiça mais três meses para apresentar um novo plano de recuperação judicial.

A tentativa da Chocolates Pan de evitar a falência

A empresa havia tentado evitar a falência fazendo um pedido de autofalência no dia 10 de abril, para aproveitar o período de Páscoa e Dia das Mães e tentar quitar suas dívidas. No entanto, o juiz decidiu pela falência da empresa.

A Procuradoria Geral do Estado, responsável pelos débitos inscritos em dívidas ativas da empresa, informou que a Chocolates Pan tem mais de R$ 126 milhões em débitos declarados de ICMS, sem pedido formal de parcelamento ou transação dos débitos no âmbito da PGE.

Conclusão

A falência da Chocolates Pan representa mais um duro golpe para a economia brasileira, que tem enfrentado muitas dificuldades nos últimos anos. A situação da empresa, que já vinha se arrastando desde 2020, é um exemplo do impacto da crise econômica e da pandemia de Covid-19 nos negócios.

Espera-se que os trabalhadores da fábrica sejam amparados e que a venda dos bens da empresa possa ajudar a quitar suas dívidas.