Testes em animais vertebrados estão proibidos no Brasil
Empresas de cosméticos e perfumarias deverão seguir as medidas publicadas no Diário Oficial da União a partir do mês de março.
No Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) proibiu testes de pesquisas científicas em animais vertebrados. De acordo com o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), percursor do texto, os animais estarão livres de testagens em laboratórios para desenvolver produtos cosméticos, de perfumaria e higiene pessoal.
Saiba mais sobre a medida que proíbe testes em animais vertebrados
A partir desta medida, são proibidas as testagens de cosméticos em animais para que a eficácia dos produtos seja comprovada. A publicação do texto no Diário Oficial da União está em vigor desde a última quarta-feira, no dia 1° de março.
Para testar os produtos, agora, as empresas deverão seguir o que é indicado pelo Concea.
O Concea teve origem em 2008, com o intuito de fazer com que normas mais humanas fossem priorizadas em detrimento do uso de animais em pesquisas científicas.
O Conselho é responsável por monitorar e manter a integridade física do animal nessas testagens e conceder outras alternativas para que as testagens sejam substituídas.
O MCTI, por sua vez, ressaltou a importância do Conselho:
“O conselho é constituído por cidadãos brasileiros com grau acadêmico de doutor ou equivalente em áreas como ciências agrárias e biológicas, saúde humana e animal e biotecnologia, tendo representantes indicados por ministérios, comunidade acadêmica e sociedades protetoras de animais”, afirmou.
Brasil dispara em pauta internacional
A medida aplicada no Brasil é capaz de gerar um resultado positivo no âmbito internacional, tendo a postura comparada até mesmo com a Europa. Kátia de Angeliz, coordenadora do Concea, afirmou que este é um avanço da pesquisa brasileira.
Ao todo, são mais de 40 técnicas possíveis indicadas pelo Concea para que as empresas não realizem testagem em animais, como afirmou a coordenadora Kátia.
“Vale destacar que o fato de o Concea obrigar o uso de métodos alternativos para novos ingredientes, preserva a possibilidade de pesquisarmos nossa biodiversidade e avançar ainda mais neste setor, permitindo o estudo de novas moléculas, com todos os critérios éticos, em território nacional”, afirmou a coordenadora.
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