Mulheres estão sendo vítimas de aplicativos espiões
Se você sofre com problemas em seu relacionamento afetivo e pensa na possível perseguição por parte do seu parceiro, conheça o aplicativo stalkerware.
À medida que a tecnologia avança, alguns perigos acabam se tornando presentes. Recentemente, foi divulgado o caso de que diversas mulheres estão sendo vítimas de aplicativos espiões, conhecidos como stalkerware. Confira como ele funciona:
Casos de perseguição online têm deixado milhares de mulheres desesperadas
De acordo com estudos, o stalkerware pode ocorrer de diversas maneiras, sendo as mais comuns através da clonagem de aplicativos e do rastreamento da localização em tempo real. Embora pareça inacreditável, a pessoa que invadiu o aparelho tem acesso a tudo o que a vítima faz, desde fotos até contas bancárias.
Nas relações afetivas, isso pode ser sinônimo de perigo?
O stalkerware é também conhecido como spouseware, pois é frequentemente utilizado por cônjuges ciumentos que desejam controlar os movimentos de suas parceiras. De acordo com um levantamento realizado pela Kaspersky, 32% das mulheres relataram sofrer violência ou abuso por parte de homens. Muitas vezes, as vítimas não sabem como seus parceiros conseguiram ter acesso a suas informações pessoais.
Combate ao stalkerware tem desafios
Todas as invasões citadas acima são previstas na lei como crime. Adicionado ao Código Penal Brasileiro pela lei contra o stalking, em abril de 2021, o artigo 147-A prevê nesses casos pena de multa e reclusão de até dois anos.
O grande problema é que esses aplicativos estão abertamente disponíveis para download. O Google, em 2021, removeu diversos anúncios de aplicativos contra suas políticas, no entanto, é difícil cravar uma diretriz para bani-los totalmente das redes.
Sinais de alerta
Para as pessoas que suspeitam de ser vítimas de stalkerware, há alguns sinais de alerta que o telefone pode apresentar:
- Aquecimentos repentinos;
- Bateria acabando rápido demais;
- Consumo de dados fora do comum;
- Alteração de configurações como navegador padrão e página inicial;
- Novos ícones na área de trabalho;
- Inundação repentina de pop-ups;
- Mensagens de erro.
Se as vítimas descobrirem que, de fato, estão sendo vigiadas, elas devem procurar a polícia e relatar o caso. Além disso, é necessário registrar um boletim de ocorrência e enviar o aparelho para uma perícia forense.
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