Fim do IPTV? Ancine e Anatel realizam operação conjunta contra a pirataria

Questões como proteção de dados e direitos autorais são os principais incentivadores da operação.

Há anos, o Brasil enfrenta um grande problema no mercado de aparelhos TV Box, popularmente conhecidos como “gatonets”. O uso desses aparelhos não autorizados permite o acesso a canais fechados e serviços de streaming com custo muito menor ou até mesmo de graça.

Para lidar com a prática – obviamente ilegal –, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiram unir forças e criar uma operação de combate à pirataria.

Ancine e Anatel atuam juntas contra a pirataria

Combate à pirataria.
Foto: Google

Com o avanço da tecnologia, a indústria do entretenimento se desprendeu da televisão convencional e do rádio de uma forma assustadora. Atualmente, diversos tipos de conteúdo se encontram disponíveis – em alguns casos de forma exclusiva – em plataformas que exigem assinatura para acessá-los.

No entanto, nem todos os usuários estão dispostos a pagar os valores disponíveis e acabam optando pela ilegalidade: a pirataria. Através dela, diversos acessos que necessitam de pagamento acabam sendo liberados de graça ou por um valor menor.

No Brasil, por exemplo, a comercialização de “gatonets” é muito comum, visto que milhões de transmissões ilegais são registradas no país.

Operação contra a pirataria

Com o crescimento gradual dos serviços clandestinos, a Anatel e a Ancine decidiram agir. As agências firmaram um acordo de cooperação para combater a pirataria no Brasil e visam erradicar o uso de aparelhos não autorizados com um plano de ação para identificá-los. O tempo estimado para a operação, segundo divulgado pelas agências, é de 24 meses.

Segurança

Segundo a Anatel, existem, no mínimo, incríveis 5 milhões de “gatonets” ativos espalhados pelo país. Com essa quantidade expressiva de aparelhos clandestinos em circulação, a preocupação sobre a segurança dos usuários é grande.

Isso porque, embora represente um alívio financeiro (mesmo que ilegal), o consumo de produtos piratas é responsável pela vulnerabilidade dos dados de seus usuários. Isto é, criminosos têm acesso facilitado a informações confidenciais de consumidores de pirataria, pois os produtos clandestinos não seguem protocolos de segurança.

Inclusive, a Anatel, por meio de investigações em aparelhos clandestinos, detectou um malware responsável por coletar e roubar dados de usuários. Isso faz com que a operação contra a pirataria seja extremamente necessária, pois visa proteger tanto produtores de conteúdo quanto consumidores.

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