Descoberta científica revela: raças modernas de cães têm cérebros maiores
Descobertas científicas revelaram que cães modernos, distantes de seus ancestrais, possuem cérebros bem maiores. Confira a pesquisa!
Novas descobertas de pesquisadores húngaros e suecos revelam que raças de cães modernas, mais distantes geneticamente dos lobos, possuem cérebros relativamente maiores em comparação com raças antigas que existem há milhares de anos.
Os pesquisadores têm mostrado interesse contínuo nas cerca de quatrocentas raças de cães conhecidas, que se desenvolveram rapidamente e apresentam uma notável diversidade.
Essas raças têm se mostrado um tesouro para estudiosos interessados em compreender mudanças rápidas dentro de uma espécie. Entre os fatores de interesse está o tamanho do cérebro, uma vez que o cérebro humano é notavelmente grande em relação ao tamanho do corpo.
Ao comparar as diferentes raças de cães, os cientistas esperam obter insights que possam ajudar a responder a algumas dessas perguntas. Confira o estudo!
Cães modernos têm cérebros maiores
Há interesse em determinar se existe uma correlação entre o tamanho do cérebro de uma raça de cão e as tarefas específicas para as quais foram criados. Por exemplo, há questionamentos sobre possíveis diferenças entre cães de colo e cães de caça nesse aspecto.
Além disso, deseja-se saber se o tamanho do cérebro é influenciado pela expectativa de vida e pelos desafios envolvidos na criação dos filhotes.
É bem estabelecido que o pensamento e os processos cognitivos requerem uma quantidade considerável de energia e manter um cérebro maior é metabolicamente custoso.
No entanto, mais pesquisas são necessárias para se obter um entendimento mais abrangente sobre essas questões e estabelecer correlações definitivas.
O biólogo do Centro de Pesquisa Ecológica da Hungria, László Zsolt Garamszegi, que busca respostas para a evolução, tem dedicado seu estudo à evolução do tamanho do cérebro ao longo do tempo.
Suas pesquisas revelaram que os cérebros de animais domesticados podem ser até vinte por cento menores em comparação com seus ancestrais selvagens.
Essa diminuição provável ocorre devido às vidas mais simplificadas das espécies domesticadas em comparação com seus equivalentes selvagens.
No ambiente protegido fornecido pelos seres humanos, não há necessidade de temer predadores ou buscar alimento de forma ativa.
Consequentemente, não há necessidade de manter um cérebro grande, que demanda muita energia, e essa energia liberada pode ser realocada para outros fins, como a reprodução, que é de extrema importância para animais domesticados.
Resultado da pesquisa
Os resultados publicados na revista Evolution revelaram que os lobos possuem um volume cerebral médio de 131 cm³, associado a um peso corporal médio de 31 kg.
Em contraste, cães de categorias de peso semelhantes apresentam um volume cerebral médio de cerca de três quartos desse valor, aproximadamente 100 cm³.
Essa descoberta confirma que a domesticação também resultou em uma redução no tamanho do cérebro em cães.
No entanto, o que surpreendeu os pesquisadores foi a constatação de que quanto mais geneticamente distante dos lobos uma raça de cachorro é, maior é o tamanho relativo do seu cérebro.
Contrariando as expectativas, o papel original das raças, o tamanho médio da ninhada e a expectativa de vida não apresentaram relação direta com o tamanho do cérebro.
Esses achados sugerem que fatores relacionados à domesticação e ao ambiente social complexo podem estar desempenhando um papel significativo no aumento do tamanho do cérebro em raças de cães mais afastadas dos lobos geneticamente.
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