Saiba como nova medida pode manter preços dos carros populares a R$ 50 mil
Entenda por que o plano de incentivo para carros populares do Governo Federal não atingiu as expectativas dos brasileiros e saiba como as montadoras estão buscando soluções para reduzir preços e aumentar as vendas. Leia mais aqui.
O plano de incentivo para promover a volta dos carros populares, alinhado pelo Governo Federal, não está atendendo às expectativas dos brasileiros. Muitos acreditaram que a medida traria melhorias na compra de carros zero km no país, mas a realidade divulgada pela equipe do ex-presidente Lula é bem diferente do que havia sido prometido.
A medida tinha como objetivo incentivar a produção de carros populares, com valor máximo de R$50 mil, e reduzir os preços para o consumidor final. Entretanto, segundo informações divulgadas pelo governo, o preço dos carros populares não sofreu redução significativa e, em alguns casos, até mesmo aumentou.
Isso ocorre porque as propostas apresentadas não abordam as questões estruturais do país. Além disso, com um espaço fiscal limitado, as reduções nos impostos federais, como IPI e PIS/Cofins, que poderiam resultar em descontos significativos nos preços finais dos veículos de até R$ 120 mil, ainda dependem da aprovação do Ministério da Fazenda.
Desconto no setor automotivo pode não ser suficiente para impulsionar vendas a longo prazo
Se o Ministério consolidar este desconto, as vendas têm tudo para crescer, certamente em um volume ainda abaixo do esperado. É esse volume limitado que gera preocupações no grupo. Se as vendas tivessem acelerado, a redução de impostos seria compensada no número de veículos vendidos, aumentando a arrecadação pública.
No entanto, sem financiamentos mais em conta, essa medida não terá o impacto total necessário e pode acabar gerando muitas despesas aos cofres públicos. Visando minimizar os danos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que essa é uma medida tópica e temporária que durará apenas três ou quatro meses.
Vendas para pessoas físicas
As montadoras estão em negociação com as concessionárias para expandir a possibilidade de vendas diretas a pessoas físicas no varejo de revendas. Atualmente, essa opção está disponível apenas para pessoas com deficiência, taxistas e pequenos empresários, mas poderá ser estendida a todos os consumidores.
Além da redução de impostos, essa nova diretriz permitirá ao consumidor acessar descontos semelhantes aos oferecidos às pessoas jurídicas, em torno de 18% abaixo do preço de tabela.
A concessionária receberá uma comissão fixa pela intermediação da negociação e repassará ao consumidor descontos satisfatórios. Com a promessa de redução de preços pelo Governo e essa nova opção de venda direta para pessoas físicas, há grandes chances de um aumento significativo nas vendas.
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