Fim das escolas cívico-militares: Governador de Goiás diz que estado não sera afetado pela medida
Ronaldo Caiado, governador do estado, emitiu um comunicado oficial sobre a nova medida que deu fim às escolas cívico-militares no Brasil.
Em meio às preocupações geradas pela decisão do governo federal de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, emitiu um comunicado na última quinta-feira (13), assegurando à população que o estado não será afetado pela medida.
Colégios militares
O esclarecimento veio após a Secretaria de Estado da Educação migrar, no início de 2023, seis escolas de modelo cívico-militar para Colégios da Polícia Militar.
Com essa mudança, Goiás passa a contar com 76 colégios militares, não estando, portanto, sujeito ao impacto do encerramento do programa pelo governo federal.
Segundo Caiado, a decisão de transformar essas escolas cívico-militares em colégios militares já havia sido tomada pelo estado, reconhecendo a eficiência desse modelo educacional.
Assim, a mudança para o sistema de Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) foi planejada com antecedência, garantindo a continuidade e a qualidade do ensino nessas instituições independentemente das decisões tomadas pela União.
As escolas cívico-militares, que antes eram mantidas com recursos dos ministérios da Educação e da Defesa, agora são geridas pelo Governo de Goiás, o que lhes confere autonomia para a elaboração do currículo e da estrutura pedagógica.
Ressaltando a importância dos colégios militares para o bom desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e para a formação dos estudantes, o governador explicou que a gravação da mensagem tinha como objetivo tranquilizar a população diante das notícias sobre o encerramento do programa federal.
A mudança
Em janeiro de 2023, a Secretaria de Estado da Educação formalizou a mudança ao rescindir os Acordos de Cooperação Técnica das Escolas Cívico-Militares, anteriormente firmados com o Ministério da Educação (MEC), e efetuar a migração para o modelo de CEPMG.
Essa transição foi realizada mediante aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), reforçando o compromisso do estado com a educação de qualidade.
O programa de escolas cívico-militares, criado em 2019, abrangia 202 escolas em todo o país, atendendo aproximadamente a 120 mil alunos. O MEC afirmou que essas unidades não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino.
A decisão do governo goiano de adotar uma abordagem inovadora e reforçar a importância do ensino cívico-militar, novamente destaca o Goiás como uma referência na educação nacional.
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