Estudo revela por que nos atraímos por algumas pessoas, mas não por outras; entenda

A pesquisa, realizada por dois especialistas da Stanford Graduate School of Business, revelou que a maioria das pessoas acredita em uma 'essência' em seus interesses e busca alguém que compartilhe da mesma visão de mundo.

Algumas pessoas acreditam que os opostos se atraem, no entanto, um estudo mostrou que há uma “essência” subjacente que guia nossos interesses, gostos e desgostos.

O estudo foi conduzido pelos pesquisadores Albert Chu e Brian S. Lowery, da Stanford Graduate School of Business, e mostrou que as interações sociais podem ser influenciadas por esse fenômeno.

Chu explora a ideia de que quando acreditamos que possuímos uma essência, tendemos a presumir que tal característica esteja presente em outras pessoas.

Isso nos leva a supor que compartilhamos não apenas aspectos superficiais, mas também uma visão de mundo mais ampla, mesmo que isso possa levar a suposições injustificadas.

(Imagem: divulgação)

Estudos

Por meio de uma série de estudos, Chu analisou como as pessoas estabelecem conexões com base em similaridades percebidas.

Para tal, os participantes foram apresentados a uma pessoa fictícia chamada Jamie, que poderia concordar ou discordar deles em tópicos polêmicos.

Descobriu-se que quanto mais as pessoas acreditavam em sua própria essência rígida, mais se sentiam conectadas a alguém que compartilhava opiniões, e menos propensas a se conectar com aqueles que discordavam.

Em uma segunda pesquisa, os participantes foram agrupados com base em sua estimativa do número de pontos azuis em uma página e, em seguida, conectados a Jamie como superestimadores ou subestimadores.

Os resultados mostraram que, mesmo em conexões tênues, a crença na essência estava associada a uma maior atração por pessoas que compartilhavam características similares.

No entanto, Chu alertou os participantes sobre a possibilidade de avaliações imprecisas ao julgar outros com base em sua própria essência em outro experimento.

Resultados

Embora a busca por semelhanças seja uma estratégia psicológica útil para formar comunidades e conexões, a predominância do raciocínio essencialista também pode criar divisões e limitar a compreensão das pessoas ao redor.

Além de seu impacto nas amizades e relacionamentos românticos, o estudo sugere que o raciocínio essencialista pode até influenciar a distribuição de recursos na sociedade.

A crença de que as características fundamentais de uma pessoa determinam seus resultados pode impactar decisões sobre apoio e alocação de recursos.

Portanto, enquanto os humanos procuram compreensão mútua, é importante lembrar que eles também são intrinsecamente complexos e possuem personalidades únicas.

Dessa forma, presumir uma essência compartilhada pode privar as pessoas de oportunidades valiosas para aprender e crescer por meio da interação com aqueles que são diferentes.

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