Brasil terá o único laboratório de biossegurança máxima da América Latina; conheça-o
O Governo Federal anunciou o repasse de recursos do Novo PAC para edificação do laboratório de segurança máxima, que será construído em Campinas (SP).
O Brasil anuncia investimento de R$ 1 bilhão no laboratório Orion, um centro de pesquisa inovador de biossegurança máxima (NB4). Esse projeto científico faz parte da verba de R$ 7,89 bilhões do Novo PAC do Governo Federal destinada à ciência.
Na última sexta-feira (11), o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou que o novo complexo laboratorial será construído em Campinas (SP), no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
O investimento público vai criar o único laboratório de máxima contenção biológica da América do Sul. Segundo o CNPEM, apenas 60 laboratórios operam na categoria máxima de biossegurança no mundo.
Orion: conheça o complexo de biossegurança do Brasil
A estrutura de segurança do Orion é planejada para pesquisar vírus e outros agentes biológicos graves, como o Ebola, a febre hemorrágica e o SARS-Cov-2 (Covid-19).
“A pandemia recolocou no centro do debate a importância do domínio nacional de uma base produtiva em saúde, bem como o papel do Estado na coordenação de agentes e investimentos no enfrentamento da crise sanitária”, disse a ministra Luciana Santos ao G1.
Por isso, o local será responsável pelas pesquisas, vacinas e tratamentos de patógenos que podem causar doenças graves ou que têm alto grau de transmissibilidade.
Outra inovação do Orion é que ele será a única estrutura no mundo a usar uma fonte de luz síncrotron, o Sirius.
(Imagem: CNPEM/Reprodução)
Laboratório Orion tem estrutura única no mundo
Com cerca de 20 mil metros quadrados, o centro de pesquisa de biossegurança terá, como supracitado, a capacidade de pesquisar vírus e outros agentes biológicos graves.
Desde a pesquisa básica até as análises avançadas, o Orion será um laboratório que capacitará profissionais, contando com parcerias internacionais e treinamentos específicos de segurança.
Em 2021, o novo complexo já estava sendo planejado. Naquela época, o ex-ministro Marcos Pontes defendeu que o Orion seria a estrutura necessária para que o país enfrentasse futuras pandemias, como a COVID-19.
Assim, o laboratório seria o local para desenvolver soluções científicas para o Brasil. Do mesmo modo, com o Novo PAC em 2023, a ministra Luciana Santos reforçou que:
“A implantação do laboratório de biossegurança nível 4 é estratégica para o país. A conexão entre o NB4 e a fonte de luz síncrotron abrirá grandes oportunidades de pesquisa e desenvolvimento na área de patógenos, posicionando o Brasil como líder global”.
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