Alguns professores estão ficando MILIONÁRIOS, mas não é nas salas de aula; entenda
Desenvolver uma carreira na internet tem sido mais rentável para profissionais da educação do que trabalhar em dois turnos em escolas. Saiba mais!
A popularização da internet foi um divisor de águas no mundo todo e criou tendências que, até então, seriam inimagináveis. Como exemplo disso, pessoas da Geração X jamais pensariam em trocar um emprego estável por fazer vídeos no YouTube. Mas quem veio depois, sim. Inclusive professores com carreiras promissoras.
Segundo um levantamento do Valor Investe, doutores, mestres e graduados em grandes universidades do país estão trocando as salas de aula pela internet. E o retorno financeiro tem sido bem melhor!
Oi, meninas. Tudo bom?
É o caso de Carina Fragozo, a criadora do English in Brazil. Em entrevista ao Valor, ela contou que começou o canal quando estava iniciando seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e na época tinha vergonha. “Mesmo sabendo que estava fazendo algo legal, de qualidade e alcançando e ajudando as pessoas”, disse ela.
A situação, claro, mudou quando os números do canal do YouTube de Carina começaram a crescer muito – assim como seus rendimentos na conta bancária. Quando terminou o doutorado, arriscou-se na carreira na internet e viu que poderia ganhar muito dinheiro.
“Tenho um parceiro comercial há bastante tempo. E uma vez por mês gravo vídeo para eles. Só com esse vídeo ganho o que teria se desse aula numa faculdade”, comentou ela.
Fazer vídeo é coisa séria!
É o que a fisioterapeuta e biomédica Natalia Reinecke teve que explicar para os colegas de faculdade. Ela frequentemente era perguntada quando iria parar com os vídeos para fazer “algo importante”.
“No começo, tinha gente torcendo o nariz. Um certo descrédito. Mas depois, quando começou a dar certo, a percepção das coisas foi mudando”, relembrou Natalia ao Valor Investe. Ela, aliás, levou pessoas do seu ambiente acadêmico para fazer conteúdo com ela no canal Anatomia e Etc.
Agora, juntos, fazem vídeos para mais de um milhão de inscritos. Quem diria, hein?
O dinheiro vem de onde?
Quem trabalha com YouTube pode ganhar muito dinheiro através do AdSense, uma ferramenta do Google que monetiza o seu conteúdo de acordo com as visualizações e a retenção do seu canal. Ou seja, quanto mais pessoas assistirem aos seus vídeos (e quanto mais eles ficam vidrados no conteúdo), mais você ganha.
Além disso, muitos influenciadores tiram uma boa grana com conteúdo patrocinado e parcerias pagas, as famosas “publis”. Em alguns casos, pode até dar mais dinheiro do que a plataforma de streaming.
Outro meio é vender produtos digitais ou físicos por meio do canal. Há criadores de conteúdo que vendem camisetas, bonés e outros brindes, e há aqueles que vendem cursos ou consultorias.
Investimento baixo para bolsistas e pesquisadores
As bolsas de graduação e pós-graduação sofreram reajuste pela primeira vez em 10 anos. Porém, ainda é um valor baixo para que as pessoas se dediquem exclusivamente à pesquisa.
A bolsa de mestrado subiu de R$ 1.500 para R$ 2.100; a de doutorado subiu de R$ 2.200 para R$ 3.100; e a de pós-doutorado saltou de R$ 4.100 para R$ 5.200.
Para quem é bolsista de iniciação científica, há uma bolsa de R$ 700 (antes, R$ 400).
Concursos para professores
Natalia pontua que, para os professores que ainda querem continuar na docência – ou simplesmente não se veem como youtubers – sempre há o concurso em universidades. Ela pontua que as instituições públicas são as que dão mais rentabilidade e estabilidade.
Mas, para isso, é necessário se esforçar muito e conseguir um excelente curriculum lattes. Ademais, segundo ela, as vagas são escassas. “Não é todo mundo que consegue”, lamentou Reinecke.
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