Submarino Titan: passageiros notaram que iriam morrer 1 minuto antes, dizem especialistas

O desaparecimento do submarino Titan em 2023, com cinco ocupantes a bordo, incluindo o piloto e um guia, permanece como um dos tópicos mais discutidos do ano.

Meses após o acidente, ainda surgem descobertas que mantêm o interesse pela tragédia. Uma delas especula sobre os últimos momentos de vida das pessoas a bordo.

Uma das questões mais intrigantes era se elas tinham ciência da iminência de suas mortes ou se a implosão do veículo as surpreendeu. Agora, finalmente, temos uma resposta definitiva para essa incógnita.

Relembrando a tragédia

Entre os elementos recuperados dos destroços em 28 de junho, estavam pedaços de metal, incluindo a porção frontal da embarcação, que apresentava uma abertura pela qual os cinco homens a bordo do Titan podiam observar as profundezas do oceano do lado de fora.

Também havia um objeto com cabos, componentes mecânicos e grandes placas de metal branco, que pareciam fazer parte da cobertura externa e da estrutura de aterrissagem do submarino.

(Imagem: divulgação)

No entanto, o resgate dos destroços, realizado pelo Conselho de Investigação Marinha (MBI), um órgão da Guarda Costeira americana, trouxe consigo os restos mortais dos passageiros.

Vale ressaltar que, devido à magnitude da implosão, não foi possível recuperar corpos inteiros. Após o anúncio de que os ocupantes ficariam sem oxigênio, um robô identificou os componentes restantes do navio.

Descobertas e a opinião de especialistas

A investigação ficou a cargo da Guarda Costeira dos EUA, que tinha a responsabilidade de determinar as causas do acidente e compreender os últimos momentos de vida dos passageiros.

Especialistas consultados destacaram que o casco do submarino, feito de fibra de carbono, não era adequado para uma missão desse porte.

As janelas de visualização também foram apontadas como inadequadas para mergulhos em profundidades extremas. Além disso, o controle joystick usado para navegar a embarcação foi alvo de críticas severas devido à sua fragilidade.

Levando em conta todos esses aspectos, os especialistas estimam que a implosão tenha ocorrido em um intervalo extremamente curto, de apenas milissegundos, devido à pressão da água que esmagou a cápsula de dentro para fora.

Portanto, os ocupantes só perceberam que estavam prestes a morrer quando já era tarde demais para tomar qualquer medida e evitar o acidente. Agora, resta usar os aprendizados obtidos para impedir outra tragédia assim.