INÉDITO: cientistas desafiam as leis da física e 'escrevem' na água pela primeira vez; veja
Pode ser difícil imaginar a possibilidade de uma pessoa conseguir escrever na água, mas estes cientistas conseguiram literalmente fazer isso.
Na linha do tempo histórica, a descoberta da escrita deu início à civilização de fato. A escrita, conforme a conhecemos, surgiu sistematizada por volta de 3500 a.C., na Mesopotâmia.
Antes disso, os seres humanos registravam informações em superfícies sólidas, como as paredes das cavernas, nas chamadas artes rupestres.
É claro que é preciso reforçar que todas essas formas de registro eram realizadas em substratos sólidos. Afinal, há uma incapacidade de escrever na água, uma vez que sua natureza é líquida.
Isso era o que acreditávamos até pouco tempo, antes de um grupo de cientistas alemães escrever em fluidos pela primeira vez!
Como eles conseguiram fazer isso?
Ao analisarmos cuidadosamente, verificamos que já existem exemplos de escrita em meios não sólidos. Por exemplo, aviões conseguem realizar essa proeza ao deixar mensagens de fumaça no céu.
Nesse contexto, é importante observar que o ar possui forças intramoleculares menos intensas em comparação com os líquidos.
Para efetuar a escrita em fluidos, é imprescindível que o utensílio empregado seja de dimensões minúsculas, de modo a não perturbar o fluido e, por conseguinte, evitar a dispersão das linhas.
No que diz respeito às mensagens deixadas por aviões, essas aeronaves são notavelmente menores em relação ao amplo céu e às letras que formam.
No entanto, para escrever na água, seria necessário que a “caneta” fosse reduzida a uma escala praticamente infinitesimal. Agora, os cientistas desenvolveram uma esfera com um diâmetro de aproximadamente 20 a 50 micrômetros, um tamanho que não causa qualquer turbulência na água.
Essas diminutas esferas operam por meio de uma troca de íons, atraindo partículas de tinta enquanto se movem, deixando assim sua marca ao longo do percurso.
Por meio do movimento do recipiente, os cientistas conseguiram realizar uma escrita contínua na substância líquida.
(Imagem: Möller et al./Small)
Em um recipiente com dimensões comparáveis às de uma moeda, conseguiram criar uma representação que se assemelhava a uma casa, embora fosse do tamanho de um ponto em um caractere “i”.
Atualmente, os pesquisadores têm como meta aprimorar essa técnica, possibilitando a criação de linhas de forma não contínua, por meio do controle da ativação e desativação da troca de íons.
Além disso, eles estão empenhados em desenvolver a capacidade de apagar ou corrigir o conteúdo previamente escrito.
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