Você é criativo? Sua mente é mais vulnerável a algumas doenças mentais
Uma única profissão escapa do estigma. Saiba que é.
Você já deve ter ouvido falar (ou lido em algum lugar) que quem é criativo tem uma mente mais sensível ou suscetível a doenças mentais como depressão e ansiedade. A fonte onde você obteve esta informação não está totalmente errada.
Um artigo assinado por Gil Greengross, professor de Psicologia naUniversidade de Aberystwyth, no Reino Unido, se debruça mais sobre o assunto. Segundo o texto, são muitos os pesquisadores que acreditam que tanto doenças mentais quanto neurodivergências podem “melhorar” o pensamento criativo.
Quem é criativo pode sofrer mais
Os exemplos práticos são muitos. A cantora Lady Gaga, conhecida por ser uma artista super criativa e talentosa, já falou abertamente sobre sua luta contra a ansiedade e a depressão – e canta muito sobre o assunto no seu último álbum, “Chromatica”. Nicki Minaj, Selena Gomez, Demi Lovato, Amy Winehouse, Lily Allen e mais estrelas também já comentaram sobre.
Para Greengross, mentes neurodivertentes experimentam divagações mentais e pensamentos desorganizados. “Isso pode ser um desafio para o foco, mas pode ser benéfico para estimular a criatividade”, explicou.
Um ÚNICO tipo de pessoa criativa escapa do paradigma
A correlação entre pessoas criativas e problemas de saúde mental, no entanto, não é concreta. De acordo com um estudo publicado pela revista científica BJPsych Open, uma profissão quebra a corrente: os mágicos.
Uma pesquisa feita pela equipe de Gil Greengross investigou estas pessoas. Segundo o artigo, a maioria das profissões criativas ou cria, ou performa. Mágicos fazem os dois e sempre são únicos.
A pesquisa acompanhou 195 mágicos dos Estados Unidos e do Reino Unido, com, em média, 35 anos de experiência na área. Eles preencheram questionários sobre suas tendências a problemas de saúde mental e depois tiveram suas respostas comparadas por pessoas de áreas totalmente diferentes, mas ainda assim ligadas à criatividade e performance (como escritores, músicos e atores).
Os resultados apontaram que mágicos não têm pré-disposição ao autismo e também tiveram baixa pontuação em quase todos os sintomas psicóticos, quando comparados aos outros profissionais.
Greegross salientou que isso pode ser explicado pela alta capacidade de concentração das pessoas desta profissão. Além disso, também têm baixos níveis de ansiedade social (e não têm qualquer comportamento anti0social), não têm experiências incomuns e nem pensamentos distorcidos.
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