Pegadas do passado: dinossauros jurássicos deixam sua marca em marrocos

Paleobiólogos de diversas universidades, incluindo a Universidade Sidi Mohamed Ben Abdellah, a Universidade Liverpool John Moores e a Universidade de Birmingham, estão desvendando mais um capítulo da história dos dinossauros.

Recentemente, eles desenterraram três novos locais repletos de pegadas de dinossauros que remontam ao distante período Jurássico, em solo marroquino.

O estudo detalhado dessas descobertas foi publicado na renomada revista Royal Society Open Science, revelando tanto a localização desses achados quanto as peculiaridades das pegadas.

Os locais de pegadas são verdadeiros tesouros que nos transportam a um passado distante, onde criaturas antigas perambulavam pela Terra.

Imagine caminhar na trilha de um dinossauro, seguindo os passos que ele deixou há milhões de anos! Esses vestígios fósseis se formam quando essas criaturas ancestrais percorrem solos úmidos, geralmente de natureza sedimentar.

Com o passar do tempo, essas pegadas são gradualmente preenchidas com novos sedimentos, transformando-se lentamente em rochas.

Pegadas se modificam com as mudanças

À medida que as condições ambientais evoluem, as camadas superiores de sedimento que cobrem as pegadas acabam se desgastando, revelando essas marcas pré-históricas preservadas no tempo.

Nessa empolgante descoberta, os cientistas desenterraram três locais de pegadas até então desconhecidos na região de Imilchil-Outerbat, situada na formação geológica de Isli, em Marrocos.

O que torna essas pegadas ainda mais fascinantes é sua antiguidade estimada, datando de aproximadamente 145 a 165 milhões de anos, um verdadeiro mergulho no passado Jurássico.

Cada um desses locais guarda um tesouro de pegadas, sugerindo que diferentes espécies de dinossauros podem ter deixado sua marca naqueles solos ancestrais.

Um dos sítios de pegadas se destaca, com cerca de 61 metros de comprimento e incríveis 18 trilhas. Dessas, seis são associadas a saurópodes, 11 a terópodes e uma a um ornitópode.

Outro local revela duas trilhas impressionantes de terópodes adultos e uma reunião de pegadas de terópodes jovens. Já o terceiro sítio, embora menor, com apenas 5 metros de comprimento, exibe uma série de pegadas de terópodes.

Essas pegadas se assemelham a aves, apresentando assim uma verdadeira maravilha da evolução. Entretanto, vale destacar que, mesmo com tantas pegadas incríveis encontradas, os pesquisadores ainda enfrentam um desafio intrigant.

A associação dessas pegadas a fósseis corporais específicos. Essa tarefa complexa é dificultada pela escassez de fósseis de dinossauros na região que poderiam servir como elo de ligação entre as pegadas e suas criadoras.