Café em demasia: quanto é demais?
Atriz surpreende ao revelar que toma uma jarra de café por dia e isso levantou questões sobre o consumo excessivo da bebida.
A atriz Alessandra Negrini surpreendeu seus seguidores ao compartilhar que consome uma jarra inteira de café em um único dia.
Essa revelação levanta questões sobre os efeitos do consumo de café, especialmente quando realizado em grandes quantidades.
Pesquisas conduzidas pelo Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, destacam que o café, quando consumido moderadamente, oferece benefícios significativos para o bem-estar.
Rico em nutrientes, o café, seja na forma líquida ou em outras composições, desempenha um papel crucial no fortalecimento da saúde cardíaca, no desenvolvimento das funções cerebrais e até no aumento do efeito de medicamentos anestésicos.
Nutrólogo explica sobre o consumo excessivo do café
O Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e endocrinologista, além de Presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), enfatiza que o café contém não apenas cafeína.
Além disso, a bebida conta com antioxidantes, minerais, vitaminas e flavonoides, elementos essenciais para a circulação sanguínea.
Segundo o especialista, os ácidos clorogênicos presentes no café têm uma relevante atividade antioxidante, com potenciais ações antibacterianas, antivirais e anti-hipertensivas.
Embora o café contribua para a liberação de estimulantes naturais, como adrenalina e dopamina, o Dr. Durval ressalta que a composição de cada tipo de café varia de acordo com o cultivo da planta, alterações durante o processo de fabricação e a forma como a bebida é preparada.
O médico alerta que, apesar dos benefícios do café, seu consumo deve ser moderado. O excesso de cafeína pode resultar em irritação, ansiedade, nervosismo, agitação e arritmias, além de afetar a qualidade do sono, levando a crises de insônia e prejudicando a regulação do metabolismo.
Além do café, o Dr. Durval destaca que a cafeína está presente em diversos alimentos e bebidas, como refrigerantes tipo cola, energéticos, chás verde, mate e preto, chocolate, suplementos alimentares e até em remédios.
O consumo excessivo pode levar a casos graves de overdose de cafeína, manifestando-se por aceleração cardíaca, tonturas, descontrole muscular e dificuldade para respirar.
A cafeína, como estimulante do sistema nervoso, pode promover um estado de alerta, aumento da concentração e euforia quando consumida em excesso.
No entanto, esses efeitos variam entre as pessoas devido a fatores como idade, peso e capacidade do fígado para metabolizar a cafeína.
O Dr. Durval destaca que, embora o café faça parte do cotidiano dos brasileiros, é crucial compreender que a cafeína não é totalmente inofensiva, sendo um estimulante do sistema nervoso central que pode interferir no funcionamento do cérebro e do corpo.
Finalmente, ele ressalta a importância de ajustar o consumo de cafeína de acordo com a idade, altura, peso e hábitos diários de cada indivíduo.
De acordo com a European Food Safety Authority, a dose diária recomendada de cafeína varia conforme a categoria, sendo essencial manter um equilíbrio para usufruir dos benefícios do café sem comprometer a saúde.
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