Agora mudou pra valer! Como a nova regra para geladeiras afeta os consumidores
Resolução do Governo impulsiona novos padrões energéticos para eletrodomésticos; impacto nos consumidores e na economia
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou uma resolução que redefine os parâmetros de eficiência energética para geladeiras no Brasil, visando reduzir o consumo de eletricidade desses aparelhos. A medida pretende banir, a partir de 2026, 62% dos modelos atuais do mercado, incluindo todos os mais populares.
Essa regra estabelece metas ambiciosas para os refrigeradores, visando que, até 2027, os aparelhos consumam apenas 85,5% da energia em relação ao padrão vigente. Para especialistas, a mudança terá impacto direto nos consumidores, enquanto as fabricantes e importadoras ainda poderão vender os modelos atuais até o final de 2025.
Debate sobre custos e benefícios
A Rede Kigali, composta por organizações como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e o Instituto Clima e Sociedade (iCS), defende que a iniciativa proporcionará economia de energia aos consumidores a longo prazo, embora admita o possível desaparecimento dos modelos mais acessíveis.
Enquanto a indústria de eletrodomésticos alerta para um aumento significativo nos preços, alegando que os novos modelos não sairiam por menos de R$ 4 mil, o MME contesta essa projeção. Segundo o ministério, a diferença real de preço seria em torno de R$ 350, compensada pela economia energética ao longo da vida útil do aparelho.
Imagem: Freepik/reprodução
Rodolfo Gomes, coordenador da Rede Kigali, ressalta experiências internacionais similares, enfatizando o aumento da eficiência energética e até mesmo a redução de preços em longo prazo.
Estudos da Clasp, ONG norte-americana integrante da Rede Kigali, estimam uma economia de R$ 174 a R$ 822 para os consumidores ao longo da vida útil da geladeira, além de uma redução significativa do consumo nacional de energia. Segundo a Clasp, a economia resultante da medida equivaleria a dez meses de eletricidade dos serviços públicos de água, saneamento e esgoto do país.
O embate entre os benefícios a longo prazo e o impacto imediato nos preços das geladeiras está em destaque, enquanto os consumidores e a indústria se preparam para essa mudança significativa no mercado de eletrodomésticos no Brasil.
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