Vários estados anunciam aumento do ICMS; veja se o seu é um deles
Ao todo, 10 estados e o Distrito Federal sofrerão com aumentos.
Governos de 10 estados da federação e do Distrito Federal anunciaram que vão aumentar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ainda no primeiro trimestre deste ano.
De acordo com Fábio Romão, economista que colabora com a LCA Consultores, o aumento do ICMS nos estados deve impactar a inflação, uma vez que, nos termos atuais, aumenta 0,10 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de referência para o cálculo da inflação.
São Paulo e Rio Grande do Sul também haviam sinalizado aumento no seu ICMS, mas acabaram desistindo da decisão. Caso tivessem seguido com o plano, o acréscimo no IPCA poderia chegar aos 0,20 pontos percentuais, devido à importância econômica dos dois estados.
Economistas calculam que a inflação do Brasil deve fechar perto de 4,20% em 2024. Para o governo, a meta é mantê-la entre 3% e 4,5%.
Os estados que aumentaram o ICMS
Esses foram os estados que anunciaram elevação na alíquota do ICMS:
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Bahia: 19% para 20,5%;
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Ceará: 18% para 20%;
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Distrito Federal: 18% para 20%;
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Goiás: 17% para 19%;
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Maranhão: 20% para 22%;
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Paraíba: 18% para 20%;
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Paraná: 19% para 19,5%;
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Pernambuco: 18% para 20,5% (estado que teve o maior aumento percentual de ICMS);
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Rio de Janeiro: 20% para 22%;
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Rondônia: 17,5% para 19,5%;
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Tocantins: 18% para 20%.
De acordo com secretários de Fazenda estaduais de alguns dos estados listados, os aumentos no ICMS são devidos à perda de arrecadação prevista após a aprovação da reforma tributária. A ação seria, portanto, uma forma de equilibrar as finanças estaduais.
Ainda segundo alguns estados, a queda na arrecadação pode chegar à casa dos 109 bilhões a nível nacional, dado que não foi comentado pela União.
Como esses aumentos vão impactar os consumidores?
Até o momento não se sabe quais vão ser os reais efeitos práticos do aumento do ICMS na vida diária dos cidadãos dos estados que anunciaram a elevação da alíquota.
Porém, algumas entidades já protestam contra a medida, que é impopular entre parte da classe política e também para os contribuintes.
Sérgio Mena Barreto, diretor-presidente da Associação Brasileira de Redes Farmácias (Abrafarma), foi uma das lideranças que criticaram duramente a medida.
“Enquanto o Brasil experimenta um viés de redução da inflação e dos juros, aliado à aprovação da reforma tributária, esses governos caminham na contramão e demonstram insensibilidade com a população mais pobre”, disparou.
Por outro lado, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) afirmou que o aumento do ICMS no estado, que agora tem uma das maiores alíquotas do país, vai afetar os preços de produtos e fechar postos de trabalho.
* Com informações de Danilo Moliterno e Lígia Tuon, via CNN Brasil
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