Considerado extinto por 80 anos, inseto mais raro do mundo reapareceu e está sendo protegido

Original da Oceania, esse animal raro é atualmente preservado por especialistas de todo o mundo.

Natural de um conjunto de ilhas vulcânicas localizadas no Mar da Tasmânia, na Oceania, a lagosta-das-árvores, conhecida cientificamente como Dryococelus australis, ocupa o posto de inseto mais raro do planeta.

Em meados de 2001 esse inseto foi reencontrado no aglomerado das Ilhas Lord Howe, local onde é endêmico. A lagosta-das-árvores tinha sido declarada extinta exatamente 80 anos antes.

Antes de 2001, esse inseto tinha sido visto pela última vez em 1920. Com isso, em 1986 foi declarada oficialmente extinta, para só 15 anos depois ser redescoberta.

Atualmente, é possível encontrar exemplares da lagosta-das-árvores por toda a Oceania, mas também nos Zoológicos de Melbourne, na Austrália, e de San Diego, nos EUA. Inclusive, há um acordo de cooperação entre a equipe do San Diego Zoo Wildlife Alliance e o zoológico de Melbourne em torno da preservação da lagosta-das-árvores.

Não existem informações precisas acerca da quantidade exata de lagostas-das-árvores vivas atualmente. Contudo, devido aos esforços de preservação, estima-se que as populações desse inseto tenham aumentado bastante desde 2001.

Peculiaridades desse animal peculiar

(Imagem: Peter Halasz/Wikimedia Commons/reprodução)

A lagosta-das-árvores não é famosa apenas por sua raridade, mas também por alguns traços peculiares do seu comportamento e anatomia.

Além do corpo muito semelhante ao de um crustáceo da família das lagostas e camarões, esse animal apresenta hábitos noturnos e não voa, o que é um tanto quanto raro para insetos que vivem em árvores.

Segundo Nicholas Carlile, ecologista que colabora com o governo da Austrália, a lagosta-das-árvores é um animal muito importante para o ecossistema onde habita.

“A espécie já foi um grande conversor de matéria vegetativa e desempenhou uma função importante na ecologia da ilha como engenheiro de ecossistemas, aumentando a riqueza e acelerando a reciclagem de nutrientes”, disse.

Paige Howorth, uma entomologista que trabalha para o Zoológico de San Diego, acredita que é necessário engajar as pessoas nos esforços de preservação dessa espécie.

“Aproximar nossos visitantes desta espécie rara e icônica é uma ótima maneira de aumentar a conscientização sobre os animais menos conhecidos. De muitas maneiras, como polinização, decomposição, predação e simplesmente como alimento para outros animais, os invertebrados tornam a vida possível para todos nós”, explica ela.

* Com informações de NSW Government, San Diego Zoo Wildlife Alliance e Terra

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