Cigarros eletrônicos são usados para drogar pessoas

Nas sombras de uma vida noturna vibrante, esconde-se um novo perigo que desafia a segurança pública e a integridade individual: o ‘vape-spiking’ (‘vape batizado’ em tradução livre). O termo refere-se à prática de adicionar drogas ilícitas aos cigarros eletrônicos, criando uma nova via para drogar pessoas sem o seu conhecimento. A prática tem ganhado destaque em relatos recentes, levantando preocupações sobre a vulnerabilidade das pessoas em ambientes sociais.

O caso de Emma Sugrue-Lawrence, mãe de três filhos, destaca a gravidade desse novo método de drogar pessoas. Durante uma noite com amigos, Emma aceitou que um estranho usasse seu vape, sem saber que ele havia adicionado Black Mamba, uma forma sintética de cannabis. Em minutos, ela perdeu o controle de seu corpo, sofrendo paralisia e dificuldades respiratórias, ela terminou hospitalizada e traumatizada.

Infelizmente, o caso de Emma não é isolado. Há uma série de outros relatos de pessoas que tiveram seus cigarros eletrônicos batizados em festivais, bares e shows, mostrando que se trata de uma ameaça crescente. Os vapes, popularizados por suas diversas opções de sabores e pela cultura do compartilhamento, tornaram-se alvos fáceis para pessoas com péssimas intenções.

O aumento dos casos é alarmante. Dados policiais da Inglaterra e do País de Gales apontam mais de 8 mil incidentes reportados no ano de 2022, um número cinco vezes maior que o registrado em 2018. No entanto, estima-se que 97% dos casos não são reportados, sugerindo que o problema pode ser muito mais extenso do que os números oficiais indicam.

Para aqueles que frequentam ambientes sociais, a mensagem é clara: esteja atento ao seu entorno, seja cauteloso com quem interage e, acima de tudo, proteja-se. A segurança pessoal nunca deve ser comprometida pela conveniência ou pressão social. Em uma era onde novos perigos emergem constantemente, a vigilância e a consciência são mais importantes do que nunca.