Como é viver na ilha habitada mais isolada do mundo?

O lugar não tem aeroporto e até o acesso via embarcações é dificultado pelo mar bravio à sua volta.

Localizada no meio do Atlântico Sul, a cerca de 2.400 km da costa da África, Tristão da Cunha é apontada como a ilha habitada mais isolada do planeta. Esse pedaço de terra distante pertence ao território ultramarino britânico de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha.

Este isolamento é em grande parte atribuído à sua localização geográfica, rodeada por águas agitadas, o que torna o acesso extremamente desafiador. Além disso, a falta de um aeroporto em Tristão da Cunha é um dos principais obstáculos para a conectividade com o mundo exterior.

Para se ter uma ideia melhor do grau de isolamento do lugar, basta dizer que é desafiante até mesmo encontrar uma foto de Tristão da Cunha, seja por terra ou tomada aérea.

Imagem meramente ilustrativa. (Imagem: divulgação)

Com uma população flutuante de aproximadamente 250 habitantes, a vida na ilha é marcada pela simplicidade e pela dependência mútua. A maioria dos residentes é descendente direta dos primeiros colonos que chegaram ao lugar no início do século XIX.

No que diz respeito à economia de Tristão da Cunha, ela é baseada principalmente na pesca e na agricultura de subsistência, com o cultivo de batatas sendo uma atividade central.

Felizmente, a ilha é dotada de uma atmosfera pacífica e acolhedora, onde todos se conhecem e colaboram para o bem-estar comum. Por esse motivo, as relações sociais são estreitas, e a comunidade é unida por eventos culturais e celebrações locais.

Apesar das limitações impostas pelo isolamento, Tristão da Cunha é equipada com infraestruturas básicas, incluindo escola, posto de saúde e lojas. A energia é fornecida por turbinas eólicas e um gerador a diesel, garantindo um suprimento confiável para as necessidades diárias dos moradores.

O acesso à ilha é restrito e geralmente feito por navio, com viagens ocasionais programadas a partir de Santa Helena, que por sua vez possui ligações aéreas com a África do Sul e o Reino Unido.

Por incrível que pareça, os desafios impostos pelo isolamento não desencorajaram os habitantes de Tristão da Cunha de manterem uma conexão profunda com sua terra natal.

Inclusive, pessoas que foram até a ilha conhecer a cultura e o modo de vida local se surpreenderam com o fato de raramente alguém expressar desejo de deixar Tristão da Cunha. Todos os moradores da ilha valorizam suas belezas naturais intocadas e seu estilo de vida único.

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