Elas irão desaparecer: 12 línguas ameaçadas de extinção

Descubra as línguas ameaçadas de extinção ao redor do mundo e os esforços para preservá-las.

A extinção de línguas tornou-se uma preocupante realidade, refletindo não apenas a perda de palavras, mas de culturas, histórias e identidades inteiras. Com cerca de 7.000 línguas faladas no planeta, estima-se que uma língua desaparece a cada duas semanas, levando consigo séculos de tradição e conhecimento. Confira algumas das que estão ameaçadas:

Ásia

  • Ainu (Japão): O Ainu é uma língua indígena falada pelos Ainu em Hokkaido, no Japão. Atualmente, com pouquíssimos falantes, a língua enfrenta risco iminente de extinção. Esforços de revitalização, incluindo programas educacionais, visam preservar essa língua rica em tradição cultural.
  • Dumi (Nepal): Localizado no leste do Nepal, o Dumi é uma língua quase esquecida, com menos de uma dúzia de falantes.
  • Tanema (Ilhas Salomão): Com apenas um falante conhecido, o Tanema é uma língua em grave risco de extinção.

Europa

  • Livoniano (Letônia): Criticamente ameaçado, o Livoniano é falado por menos de 40 pessoas na Letônia. A língua é um símbolo da identidade cultural livoniana, e esforços estão em curso para reviver e preservar o Livoniano por meio de programas educacionais e culturais.
  • Ubykh (Turquia): Extinto desde 1992, o Ubykh era falado no Cáucaso. Conhecido por seu vasto inventário de consoantes, a língua perdeu seu último falante nativo, marcando o fim de sua transmissão oral.
  • Manx (Ilha de Man): O Manx é um exemplo notável de renascimento linguístico, tendo sido revitalizado após ser declarado extinto como língua materna. Hoje, é ensinado nas escolas e possui uma comunidade crescente de novos falantes.

Américas

  • Apiaká (Brasil): Uma língua indígena do Brasil, o Apiaká está à beira da extinção, com poucos falantes idosos.
  • Kansa (Estados Unidos): Anteriormente falada pela tribo Kansa, esta língua Siouan agora não tem falantes fluentes conhecidos.
  • Kawésqar (Chile): Falada no sul do Chile, a língua Kawésqar está criticamente ameaçada, com menos de 20 falantes. Projetos culturais e educacionais buscam preservar e revitalizar essa língua.

África

  • Ts’ixa (Botswana): Uma língua Khoe em Botswana, Ts’ixa enfrenta riscos significativos com poucos falantes. A sobrevivência da língua depende de esforços comunitários para manter viva sua herança lingüística.
  • N|uu (África do Sul): Uma das últimas línguas com cliques, N|uu tem menos de 10 falantes. Iniciativas para preservar a língua incluem projetos de gravação e ensino aos membros mais jovens da comunidade.
  • Paakantyi (Austrália): Originalmente falado ao longo do rio Darling, o Paakantyi agora tem menos de 10 falantes. Esforços de revitalização, como aulas de idiomas e programas culturais, buscam preservar essa língua aborígene.

Cada uma dessas línguas conta uma história única de comunidades lutando para preservar sua identidade e patrimônio cultural frente à globalização e às pressões externas.

Esses esforços de revitalização não são apenas atos de preservação linguística, mas também de resistência cultural e reafirmação de identidades.

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