A alimentação pode ser usada no tratamento do autismo – entenda como
O autismo é uma condição provocada por diversos fatores, mas que pode ser tratada e estabilizada inclusive por meio de uma alimentação adequada.
O TEA (Transtorno do Espectro Autista), ou apenas autismo, é uma condição que costuma se apresentar em crianças e é considerada um desequilíbrio neurológico.
Não se sabe ao certo o que causa a desordem, mas possivelmente ela tem ligação com fatores como genética, más formações no tubo neural e ausência de nutrientes.
Esse distúrbio neurológico tem vários graus e costuma ser caracterizado por sintomas como dificuldades em manter a concentração, hiperatividade, irritabilidade excessiva, dificuldades em se comunicar e interagir com outras pessoas, e outros.
Esses sintomas são geralmente notados em quem possui TEA de graus dois e três, que são os graus mais recorrentes.
Se não for tratado corretamente, o autismo pode prejudicar grandemente o desenvolvimento da criança, que irá se tornar um adulto com dificuldades em algumas áreas da vida.
Felizmente, hoje em dia existem diversos tipos de terapias e tratamentos para estimular o desenvolvimento neurológico da criança e diminuir os efeitos do distúrbio.
Junto dos esforços para tratar essa condição, estão listados alguns hábitos alimentares, como a ingestão de alimentos específicos.
Neste artigo vamos falar justamente um pouco mais sobre os hábitos alimentares e alimentos propriamente ditos que podem ser usados no tratamento do autismo.
Como a alimentação pode ajudar no tratamento do TEA?
(Imagem: divulgação)
Um dos fatores ligados ao TEA é exatamente a falta de alguns tipos de nutrientes que são utilizados pelo organismo na produção de neurotransmissores e outros componentes que atuam no sistema nervoso central. Dentre esses nutrientes, podemos citar:
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Vitaminas do complexo B;
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Vitamina D;
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Coenzima Q10 (ubiquinona);
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Ômega 3;
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Minerais essenciais como selênio, cálcio, potássio, zinco e magnésio;
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N-Acetilcisteína (NAC);
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Entre outros.
Portanto, junto com as terapias de acompanhamento, os pais da criança autista precisam incluir alguns alimentos, ricos nesses compostos, em sua dieta.
Além da inclusão dos alimentos indicados, é necessário também estimular a regularidade na alimentação e evitar outros alimentos que desfaçam os efeitos do tratamento para o autismo.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta de um autista
Dentre os alimentos que contém os nutrientes essenciais para indivíduos com TEA, estão:
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Peixes de água salgada como atum, cavala, sardinha e salmão, que são ricos em ômega-3 e vitamina D;
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Ovos, leite e seus derivados, ricos em vitamina D e minerais;
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Brócolis, couve e feijão, ricos em vitaminas do complexo B;
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Soja, nozes, cereais e carne de algumas aves como peru e frango, que são alimentos ricos em ubiquinona (coenzima Q10);
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Dentre muitos outros alimentos.
Que alimentos devem ser evitados?
Os alimentos que devem ser evitados por autistas são aqueles que atrapalham a absorção dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Conheça alguns:
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Fast foods (sanduíches, salgados, batata frita e outros);
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Refrigerantes;
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Doces industrializados;
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Alimentos gordurosos;
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Alimentos adoçados artificialmente;
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Entre outros.
Esses “alimentos” provocam inflamações no sistema digestivo, o que por si só já provoca distúrbios na cadeia de neurotransmissores do sistema nervoso central, além de contribuírem para o aparecimento de doenças cardiovasculares.
Além disso, por causarem desequilíbrios digestivos, essas comidas impedem que os nutrientes responsáveis por produzir os neurotransmissores sejam absorvidos pelo organismo corretamente. Tudo isso atrapalha ainda mais os esforços para a estabilização do sistema neurológico do autista.
O acompanhamento médico é indispensável
Tudo o que falamos até agora neste artigo se sustenta em um pilar: o acompanhamento médico. Quando os pais ou tutores de uma criança notam nela algum sintoma de autismo, precisam procurar ajuda imediatamente.
O primeiro especialista que pode examinar o pequeno indivíduo é um pediatra comum, seguido por psicólogos pediátricos e/ou neuropediatras.
A partir disso, se o distúrbio for realmente confirmado, um plano de ação deve ser montado com o intuito de tratar a condição, o que inclui a introdução de uma alimentação adequada.
Portanto, se você, algum parente ou conhecido está enfrentando um quadro semelhante, as instruções são estas.
Procurar ajuda o mais cedo possível pode ser o fiel da balança entre proporcionar ou não uma boa qualidade de vida à criança autista.
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