Brasil será inabitável em 50 anos? Entenda o alerta da Nasa
Sim, e veredito foi dado com base em dados coletados por satélites que orbitam o planeta; aquecimento global é principal fator de risco.
A Nasa revelou recentemente uma constatação alarmante: cinco regiões do mundo podem se tornar inabitáveis nas próximas cinco décadas, sendo que o Brasil aparece entre elas.
Utilizando dados de satélites que monitoram a Terra, a Agência Espacial Norte-Americana rastreou aumentos na temperatura de áreas mais vulneráveis e contínuas ondas de calor. O principal método utilizado na pesquisa foi o bulbo úmido.
O bulbo úmido é um indicador térmico que combina a temperatura do ar com a umidade relativa, proporcionando uma medida de quão bem o corpo humano pode resfriar-se através da evaporação do suor.
Quando a temperatura do bulbo úmido atinge 35 °C, o corpo humano não consegue se resfriar adequadamente, mesmo na sombra e com ventilação, tornando a prolongada exposição a essas condições potencialmente fatal.
Cientificamente falando, o corpo humano funciona de forma ideal quando a temperatura ambiente está entre 20 °C e 27 °C, com níveis de umidade relativa entre 40% e 60%.
Temperaturas acima de 27 °C começam a impor um estresse significativo ao corpo, especialmente quando combinadas com alta umidade.
Algumas áreas do planeta podem se tornar inóspitas, inclusive no Brasil – Imagem: reprodução
Brasil está nas regiões sob risco
As áreas identificadas pela Nasa como propensas a se tornarem inabitáveis em 50 anos, devido a temperaturas extremas e alta umidade, incluem:
- Sul da Ásia (especialmente o Paquistão);
- Golfo Pérsico;
- Região ao redor do Mar Vermelho;
- Áreas mais quentes do Brasil (Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste);
- Leste da China.
Além dessas cinco regiões, áreas semi-áridas dos Estados Unidos, como os estados do Texas e Nevada, também podem ser afetadas.
Tais lugares provavelmente ultrapassarão os limites do bulbo úmido, tornando-se extremamente quentes e secas (ou úmidas), o que pode comprometer severamente a sobrevivência humana a longo prazo.
É possível reverter esse quadro?
Apesar das previsões sombrias, há formas de mitigar e até reverter a desertificação das regiões previstas. Ambientalistas e meteorologistas sugerem várias abordagens, como o reflorestamento, a gestão sustentável da água e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A adaptação das infraestruturas urbanas para suportar temperaturas extremas e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis também são medidas cruciais.
No entanto, é importante reconhecer que tais fenômenos climáticos não estão apenas sob o controle humano.
As mudanças naturais do clima também desempenham um papel significativo e não podem ser completamente revertidas pela ação humana.
De qualquer forma, monitorar as métricas do bulbo úmido nas regiões mais vulneráveis é vital, garantindo que a temperatura média permaneça entre 25 °C e 27 °C. Afinal, como já ficou claro, ultrapassar o limite de 35 °C representa um risco direto à vida humana.
A ação coordenada entre governos, cientistas e a população é essencial para enfrentar esse desafio global, buscando soluções sustentáveis e adaptativas para um futuro mais seguro e habitável.
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