Pílula com câmera promete substituir endoscopia; veja como funciona

Endoscopia poderá ter novo procedimento menos invasivo – Imagem: Pixabay/Reprodução

A endoscopia é um procedimento médico que permite visualizar o interior do corpo, especialmente do intestino, para saber se há alguma enfermidade na região.

Essa técnica é moderna, mas também invasiva e muitas vezes desconfortável para os pacientes, que necessitam de sedação parcial.

No entanto, uma pílula (batizada de pillbot) poderá substituir a endoscopia e revolucionar o mundo médico. Trata-se de um produto já testado pela startup Endiatx, capaz de transmitir ao vivo o interior do corpo.

Recentemente, a empresa compartilhou um vídeo, através do engenheiro responsável pelo projeto, Alex Luebke, e fez a demonstração de como é o produto.

Na prática, o paciente engole a pílula com uma câmera, responsável por apontar os possíveis problemas no estômago.

Como a nova pílula funciona?

No vídeo, o co-fundador da startup engole a pílula, enquanto o professor de Medicina Vivek Kumbhari, outro fundador da empresa, controla o item com um controle de videogame PlayStation 5.

Na oportunidade, foi possível verificar, em tempo real, tudo o que acontecia no estômago e no esôfago do colega.

Agora, a empresa aposta na tecnologia da microrrobótica como uma forma de transformar os procedimentos médicos.

Consequentemente, não haverá mais a necessidade de endoscopias invasivas e, nem mesmo, de cortes ainda mais desconfortáveis.

Segundo Alex Luebke, a tecnologia será uma revolução na Medicina e deverá tornar os exames mais fáceis. A pílula segue em testes, mas já está em estágio avançado.

O resultado da transmissão feita em junho deste ano foi dos mais animadores para os fundadores da startup. Outros testes serão realizados para confirmar a confiabilidade do equipamento. Veja o vídeo abaixo:

Produto teve tamanho reduzido

Inicialmente, o protótipo da pílula tinha o tamanho de uma bola de futebol americano. Mas, para que fosse viável engoli-la, foi necessário criar versões reduzidas, como a atual.

Outro ponto importante citado pelos pesquisadores é que o procedimento não gera nenhum tipo de dor ou desconforto nos pacientes. Esse é o principal objetivo da criação, ampliando as condições de tratamento estomacal.

A startup quer dar um novo passo e fazer com que a pílula seja guiada de forma autônoma no corpo dos pacientes. Para isso, aposta também na inteligência artificial (IA).