Inglês realmente é mais complicado que outros idiomas?

Existe um segredo que torna o aprendizado de alguns idiomas mais fácil que outros.

Como você provavelmente já ouviu falar, o inglês é amplamente reconhecido como uma espécie de idioma universal, especialmente no Ocidente. Sua importância se deve à influência histórica e econômica de países anglófonos, como os Estados Unidos e o Reino Unido, que têm papéis cruciais em contextos globais, como comércio, ciência, tecnologia e entretenimento.

Esse status levou o idioma a ser amplamente ensinado desde o ensino primário em escolas ao redor do mundo. Quem não aprendeu o idioma na infância ou adolescência pode recorrer aos inúmeros cursos, inclusive online.

No entanto, muitas pessoas têm dificuldades para aprender inglês e frequentemente afirmam que o idioma é mais complicado que outros, como o português e o espanhol.

Mas será que esse idioma realmente é mais complicado que outros? Já adiantamos a resposta: não, o inglês não é mais difícil de aprender que outras línguas. O que conta, na verdade, é a nossa percepção, enquanto latino-americanos, sobre o inglês.

Entenda a seguir os motivos pelos quais o inglês pode ser tão desafiador para algumas pessoas, considerando-se sua gramática e demais particularidades do idioma.


Inglês ainda é a língua mais falada do mundo – Imagem: reprodução

Complexidade e peculiaridades da língua inglesa

Gramática

A gramática do inglês é um dos primeiros obstáculos que os aprendizes encontram. Afinal, mesmo aqueles que desejam aprender apenas a conversação precisam entender as regras gramaticais básicas.

O inglês possui muitas exceções e irregularidades em suas normas gramaticais, o que pode ser confuso para os falantes de outras línguas.

Por exemplo, a conjugação dos verbos no inglês é relativamente simples em comparação com idiomas como o espanhol, mas as exceções são numerosas e frequentemente usadas.

Expressões, costumes e dialetos

Outro desafio são as expressões idiomáticas, costumes linguísticos e os dialetos. Muitas das expressões idiomáticas do inglês sequer têm traduções diretas para outras línguas. Além disso, a existência de diversos sinônimos e falsos cognatos aumenta a confusão.

Os dialetos regionais e nacionais também podem variar amplamente, tornando o entendimento e a comunicação mais difíceis.

Vale ressaltar ainda que a origem do aprendiz também influencia a dificuldade de aprender inglês.

Em países como o Brasil, onde muitas pessoas não têm acesso a uma educação de qualidade, a aprendizagem de um novo idioma pode ser mais desafiadora, devido à falta de recursos adequados e métodos de ensino eficazes.

Línguas transparentes e opacas

É necessário comentar sobre um conceito adicional que aumenta a pressão sobre quem está estudando inglês: a distinção entre línguas transparentes e opacas.

Línguas transparentes são aquelas em que há uma correspondência clara e consistente entre a grafia e a pronúncia das palavras, como o espanhol e o italiano.

Por outro lado, línguas opacas, como o inglês, têm muitas inconsistências entre a forma escrita e a pronúncia.

No inglês, uma mesma letra ou combinação de letras pode ser pronunciada de diferentes maneiras, dependendo da palavra.

Por exemplo, a letra “a” é pronunciada de maneira diferente em “cat” (gato) e “cake” (bolo). Essas inconsistências tornam a aprendizagem da leitura e escrita em inglês particularmente desafiadora.

Enquanto isso, as línguas transparentes, em sua maioria de origem latina, são aprendidas muitas vezes apenas “de ouvido”, devido à simbiose entre a forma falada e a forma escrita.

Por outro lado, idiomas opacos, como o inglês e o alemão, exigem atenção dobrada, o que complica muito o aprendizado e a familiarização com tais línguas.

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