100 anos de César Lattes: conheça o cientista brasileiro que quase ganhou o Nobel
Caso aconteceu na década de 1940 e, até hoje, o brasileiro é lembrado no mundo acadêmico por isso.
O cientista brasileiro César Lattes ‘bateu na trave’ sete vezes e ficou sem o prêmio Nobel de Física, embora os trabalhos dele sejam sempre lembrados e utilizados até hoje.
O pesquisador descobriu o chamado méson pi, considerada uma quarta partícula presente nos átomos, o que o tornou conhecido mundialmente.
Se estivesse vivo, ele teria completado 100 anos no último dia 11 de julho, uma data a ser comemorada no mundo acadêmico.
O cientista se formou na Universidade de São Paulo (USP) e sempre optou por trabalhar no Brasil em busca da valorização da pesquisa científica nacional.
César Lattes, maior físico brasileiro
Embora tenha sido preterido no Prêmio Nobel, César Lattes é, ainda hoje, considerado o maior físico brasileiro da história por conta dos legados que deixou no mundo acadêmico.
Inclusive, a plataforma responsável por registrar o nome de todos os cientistas brasileiros leva o nome do profissional.
Em 1947, o brasileiro ajudou a descobrir o méson pi, considerado uma ‘cola’ que mantém coeso o átomo.
Para chegar a essa conclusão, precisou escalar 5.500 metros do Monte Chacaltaya, na Bolívia, aonde levou placas de emulsões nucleares.
Na época, Lattes tinha apenas 22 anos e estava em uma pesquisa da Universidade de Bristol, da Inglaterra, embora atuasse aqui no país.
De todo o modo, o físico da USP se tornou conhecido mundialmente por conta do feito, sobretudo em uma época em que as experiências e descobertas nucleares estavam em alta.
Descoberta chama a atenção do Prêmio Nobel
Após conseguir reproduzir, alguns anos depois, o méson pi artificialmente, o cientista brasileiro chamou a atenção do Prêmio Nobel de Física.
No entanto, quem levou a desejada estatueta naquele foi Cecil Powell, pesquisador britânico que encabeçava o trabalho.
Em uma de suas últimas entrevistas, em 2005, o cientista brasileiro falou sobre o assunto, mas afirmou não se importar tanto com isso. Segundo ele, esses prêmios não mudam em nada os resultados das pesquisas.
Por fim, César Lattes ainda disse que Giuseppe Occhialin, outro pesquisador que trabalhou com ele, é quem deveria ganhar o prêmio da descoberta. Porém, o britânico levou a fama e o prêmio principal.
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