Rocha encontrada por rover da Nasa pode indicar vida em Marte

A composição da rocha traz substância sugestiva para a presença de alguns tipos de micro-organismos.

No último dia 25 de julho, a Nasa anunciou mais uma descoberta do rover Perseverance, feita quatro dias antes. Dessa vez, o robô, que está explorando Marte, encontrou uma rocha classificada como incomum pela agência espacial norte-americana.

Batizada de Cheyava Falls, a rocha foi encontrada na região de Neretva Vallis e, de acordo com os cientistas, é composta por substâncias conhecidas por auxiliarem na sustentação da vida.

Imagem real de Cheyava Falls, feita pelo Perseverance. Imagem: NASA/JPL/MSSS/reprodução

Resumidamente, a rocha marciana foi descrita como tendo veios avermelhados e brancos em sua composição. Os brancos são de sulfato de cálcio, enquanto os vermelhos provavelmente são de hematita, material abundante na superfície do planeta vermelho.

Além da possível relação das duas substâncias com formas de vida microbiana, testes feitos pelo Perseverance na superfície de Cheyava Falls detectaram estruturas que podem ter sido criadas por seres microscópicos antigos.

O responsável por essa constatação foi o sistema SHERLOC (Scanning Habitable Environments with Raman & Luminescence for Organics & Chemicals), que está acoplado ao rover da Nasa.

A análise inicial do SHERLOC no material avermelhado identificou manchas esbranquiçadas com bordas pretas em camadas profundas. Posteriormente, o instrumento PIXL (Planetary Instrument for X-ray Lithochemistry) identificou fosfato e ferro na parte negra da mancha.

De acordo com o astrobiólogo David Flannery, que integra a equipe que monitora o Perseverance, esse tipo de reação química é tipicamente gerado por micro-organismos.

“Na Terra, esses tipos de características nas rochas são frequentemente associadas ao registro fossilizado de micróbios que vivem na subsuperfície”, disse ele.

Apesar da descoberta intrigante e impactante, os especialistas deixam claro que essas mesmas reações podem ser geradas por eventos não biológicos. Ou seja, não é realmente conclusivo que Cheyava Falls tenha abrigado micróbios no passado.

De qualquer forma, a sensação dos cientistas da NASA, em especial da equipe do rover Perseverance, é que em breve algo mais conclusivo será descoberto em Marte.

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