Sua escolha de pets revela traços da sua personalidade

Pesquisa avaliou a personalidade de tutores de cães, gatos, peixes e até de répteis.

Ao decidir adotar um pet, você pode não perceber, mas está revelando muito sobre sua própria personalidade. Estudos científicos sugerem que a escolha entre um cão, gato ou até mesmo um peixe vai além de simples preferência; ela reflete traços profundos do nosso temperamento, estilo de vida e até mesmo características psicológicas.

A velha rivalidade entre amantes de cães e gatos, por exemplo, não é apenas um mito cultural. Cientistas têm investigado as diferenças de personalidade entre esses dois grupos, e os resultados são fascinantes.

Cães e gatos

Uma pesquisa realizada por psicólogos da Universidade James Cook mostrou que tutores de cães tendem a ser mais resilientes e extrovertidos, enquanto os de gatos são mais propensos à neuroticismo e à introspecção.

Tutores de cães, por exemplo, destacam-se por sua alta resiliência e sociabilidade. Durante períodos de isolamento, como foi o caso dos lockdowns provocados pela pandemia de Covid-19, essas pessoas apresentaram menos solidão em comparação a quem não possuía pets.

Isso se deve, em parte, à necessidade de cuidar ativamente do animal, que exige passeios e atividades constantes, promovendo maior interação social e rotinas fora de casa.

Já os amantes de gatos tendem a ser mais criativos, sensíveis e, em alguns casos, mais ansiosos. Isso pode estar relacionado à natureza mais independente e introspectiva dos felinos, que não exigem tanta interação social como os cães.

Além disso, a convivência com gatos tende a reforçar a autonomia e a tranquilidade, ideais para pessoas mais focadas no seu espaço pessoal e momentos de introspecção.

Outras espécies, outras personalidades?

Mas as diferenças não param por aí. A escolha de outros animais também reflete características específicas de personalidade.

Segundo um estudo sobre o tema, tutores de peixes tendem a ser os mais felizes, enquanto os de répteis são os mais independentes.

Isso se alinha ao fato de que peixes proporcionam uma companhia tranquila, sem grandes exigências, enquanto répteis, conhecidos por seu comportamento calmo e independente, atraem pessoas que compartilham essas mesmas qualidades.

Estudo mostrou que tutores de cães tendem a ser mais resilientes e extrovertidos, enquanto os de gatos são mais propensos à neuroticismo e à introspecção – Imagem: Reprodução

O reflexo da personalidade no pet

Além de escolhermos nossos pets de acordo com nossas personalidades, estudos indicam que, ao longo do tempo, os animais também absorvem características dos seus humanos.

Esse fenômeno ocorre mais comumente em cães, que, por sua ligação emocional intensa, costumam espelhar o humor e a energia dos tutores.

Cães de pessoas mais ansiosas tendem a se tornar mais nervosos, enquanto tutores calmos e pacientes costumam criar pets mais tranquilos.

Fatores a considerar na escolha de um pet

Embora a personalidade seja um fator essencial, ela não é o único aspecto que deve ser considerado ao escolher um pet.

Estilo de vida, espaço disponível e tempo dedicado também são cruciais para garantir uma convivência saudável e satisfatória.

Por exemplo, quem vive em apartamentos pequenos pode preferir um gato, que se adapta bem a ambientes menores e precisa de menos atividade física em comparação a um cão.

Por outro lado, pessoas que gostam de atividades ao ar livre e buscam um companheiro para aventuras podem preferir um cachorro, que exige mais tempo para passeios e interação física.

Cães de raças maiores, como labradores e pastores, são ideais para quem busca um pet que também seja um parceiro de exercícios e longas caminhadas.

Além das preferências pessoais, é fundamental considerar o impacto emocional e logístico de ter um pet.

Um cão, por exemplo, pode trazer grandes benefícios para pessoas que buscam mais interação social e disciplina em suas rotinas. Já um gato pode ser a escolha ideal para quem prefere tranquilidade e momentos de introspecção.

Seja qual for o seu pet, lembre que a responsabilidade de cuidar de um animal é para a vida toda. Portanto, é essencial que a escolha seja compatível com seu estilo de vida e sua personalidade, garantindo o bem-estar tanto do tutor quanto do animal.

*Com informações de Spring Naturals e Science Alert.

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