Estudante de Harvard comeu 720 ovos em apenas 1 mês; qual o objetivo?

Harvard testa efeitos metabólicos de comer 24 ovos por dia, revelando impacto inesperado no colesterol.

Em uma experiência incomum, Nick Norwitz, estudante de medicina de Harvard com doutorado em metabolismo cerebral pela Universidade de Oxford, resolveu testar os efeitos de uma dieta extremamente rica em ovos.

Durante 28 dias, ele consumiu 24 ovos diários, totalizando 720 ovos ao final do experimento.

A ideia por trás dessa dieta era explorar o impacto no metabolismo e nos níveis de colesterol, visto que os ovos são tradicionalmente associados ao aumento do colesterol.

O experimento

Nick Norwitz iniciou essa aventura científica motivado por sua curiosidade e desejo de promover discussões sobre metabolismo humano.

Ele decidiu usar os ovos devido à sua fama controversa em relação ao colesterol, frequentemente apontados como vilões na dieta.

A crença comum é de que o consumo excessivo de ovos pode elevar os níveis de colesterol no sangue e, consequentemente, aumentar o risco de doenças cardíacas.

A cada dia, Norwitz consumia 24 ovos preparados de diversas formas: mexidos, fritos, cozidos e até mesmo como ovos recheados.

Inicialmente, ele manteve uma dieta com muito baixo teor de carboidratos por duas semanas, antes de reintegrar carboidratos gradualmente. Ao longo desse mês, monitorou meticulosamente seus níveis de colesterol e saúde geral.

Os resultados surpreendentes

Ao final dos 28 dias, os resultados desafiaram a sabedoria convencional. Em vez de aumentar, o colesterol de Norwitz diminuiu 20%.

Especificamente, o nível de LDL, conhecido como ‘colesterol ruim’, que é associado a doenças cardíacas, apresentou uma queda significativa.

Esse resultado vai contra a crença comum de que comer muitos ovos eleva o colesterol. Norwitz observou que essa redução no colesterol LDL ocorreu quando ele reintegrou carboidratos na dieta, após duas semanas em um regime de baixo consumo de carboidratos.

Ele acredita que essa mudança abrupta provocou uma adaptação metabólica em seu corpo, forçando-o a utilizar gordura como fonte primária de energia antes de retornar ao uso de carboidratos.

Esse fenômeno foi descrito por ele como uma ‘mudança metabólica’ que afetou os níveis de colesterol. Os resultados de Nick Norwitz reforçam a ideia de que não existe uma dieta universalmente ideal.

Ele aponta que as respostas metabólicas aos alimentos variam significativamente de pessoa para pessoa, e os fatores que influenciam isso incluem a saúde metabólica prévia e os objetivos específicos, como controle de doenças cardiovasculares ou longevidade.

Com isso, Norwitz espera desmistificar a má reputação dos ovos e trazer à tona discussões mais amplas sobre como os alimentos afetam o corpo de maneiras inesperadas.

Este experimento também ecoa descobertas de estudos anteriores que mostram que os ovos, embora ricos em colesterol, não aumentam necessariamente os níveis de colesterol no sangue para pessoas saudáveis.

De fato, a maior parte do colesterol do corpo é produzida pelo fígado, e não proveniente diretamente dos alimentos.

Estudos como o da Duke Clinical Research Institute, nos EUA, confirmam que, mesmo em dietas ricas em ovos, os níveis de colesterol permanecem estáveis.

Nick Norwitz deixou claro que este é apenas o início de uma série de experimentos que ele pretende realizar para entender melhor como diferentes alimentos e combinações de dietas impactam a saúde metabólica.

Ele continua a consumir ovos regularmente e acredita que eles oferecem um perfil nutricional valioso, especialmente em comparação com alimentos ricos em carboidratos que elevam os níveis de insulina.

*Com informações de Fox News e Daily Mail.

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